MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão

Geny Prado, grande comediante e uma das fundadoras da TV



Geny de Almeida Prado nasceu em São Manuel, no interior de São Paulo em 12 de julho de 1918. Moça de grande talento artístico, especialmente na comédia, vem à capital paulista em 1943 para trabalhar na Radio Cruzeiro do Sul (PRB-6) que nesse tempo era de propriedade da família Byington.

No ano de 1950 se transfere para a Radio Tupi de São Paulo (PRG-2), onde passa a trabalhar com mestres como Cassiano Gabus Mendes, Walter Forster e Vida Alves. E em 18 de setembro do mesmo ano, com a inauguração da Televisão no Brasil, a TV Tupi canal 3 de São Paulo, passa a trabalhar com o comediante Mazzaropi no programa humorístico “Rancho Alegre”, onde interpretava a personagem Carolina, contracenando varias vezes também com o ator João Restiffe, seu grande amigo e pioneiro da TV no Brasil.

Durante toda a década de 1950, Geny Prado conciliou seu trabalho como radialista na Tupi e também na Radio Difusora (PRF-3) que pertencia ao conglomerado de mídia dos Diários Associados de São Paulo, de propriedade do senador Assis Chateaubriand. Ali fez inúmeros teleteatros, onde trabalhou com grandes pioneiros como Dionisio Azevedo, José Parisi, Lima Duarte, Henrique Martins, Jayme Barcellos, Fernando Balleroni, Rogerio Marcico, Norah Fontes, Percy Aires,  Marly Bueno e tantos outros e também em programas de humor escritos pelos  produtores Ribeiro Filho e Syllas Roberg.

Em 1961, Geny Prado se transfere para a TV Excelsior, canal 9 de São Paulo, onde trabalha com Leonardo Villar e Cleyde Yaconis. E foi nessa emissora de propriedade de Mario Wallace Simonsen, que Geny Prado estreia na telenovela “Ainda Resta uma Esperança” de Julio Atlas com direção
de Waldemar de Moraes, no ano de 1965.

Depois de trabalhar em mais 3 novelas no canal 9 paulistano, Geny vai para o Rio de Janeiro trabalhar em novelas da TV Rio, o canal 13  da Cidade Maravilhosa. Ali trabalha com ícones como Janete Clair, Daniel Filho, Leila Diniz, e ainda participa com o amigo humorista Ronald Golias no filme “Golias Contra o Homem das Bolinhas” com direção de Victor Lima.

Chega a década de 1970 e finalmente Geny Prado estréia numa novela da TV Tupi, o canal 4 de São Paulo. Foi em “Nossa Filha Gabriela”, um bonito texto de 1971, escrito pela grande novelista Ivani Ribeiro, com direção de Carlos Zara. Depois vieram mais 5 novelas na TV Tupi, em textos de Vicente Sesso, Teixeira Filho, Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho.

Nos anos 1980, Geny Prado se destaca em marcantes trabalhos no SBT e na Bandeirantes. Na emissora de Silvio Santos, que ainda se chamava TVS, Geny trabalha na novela “Jerônimo” em 1984, protagonizada por Francisco Di Franco, e escrita por seu criador Moyses Weltman com  direção do também pioneiro Antonino Seabra. Com a personagem Dona Batatinha, Geny encantou o publico. Também no SBT participou da novela “Uma Esperança no Ar”.

Por sua vez, no canal 13 de João Jorge Saad, Geny Prado trabalhou com icones como Jorge Andrade, na novela “Ninho da Serpente” de 1982, com direção do amigo Henrique Martins, que trabalhou com ela nos tempos pioneiros da Tupi. Ainda na Bandeirantes fez “O Meu Pé de Laranja Lima” em 1980 e “Os Adolescentes” em 1981.

Geny Prado também fez história no Cinema Brasileiro, trabalhando em 17  filmes com o inesquecível Mazzaropi : o primeiro foi “Chofer de Praça” em 1959, com direção de Milton Amaral. No ano seguinte, passava a também ser dirigida por Mazzaropi, nos filmes “Zé do Periquito” (com direção também de Ismar Porto) e “Aventuras de Pedro Malasartes”. Essa frutifera parceria durou no cinema vinte e um anos, se encerrando no ultimo filme do querido Mazza que foi “O Jeca e a Égua Milagrosa de 1980, também dirigido por Pio Zamuner, película que foi a despedida deste grande humorista caipira, pois Amacio Mazzaropi faleceria no ano seguinte.

A grande Geny Prado ainda trabalharia no importante filme “A Malvada Carne” de 1985 dirigido por  Andre Klotzel, protagonizado por Fernanda Torres.

Nos anos 1990, já adoentada, Geny Prado se afastou de suas atividades artísticas, falecendo aos 79 anos em 17 de abril de 1998, na cidade de São Paulo. Como homenagem e reconhecimento a sua importância e pioneirismo para a nossa Televisão, a presidente do Museu da TV, atriz Vida Alves, amiga de Geny por 50 anos, aprovou que Geny fosse sepultada no jazigo do referido Museu no Cemitério do Morumby na capital paulista.

Viva a grande Geny Prado, sempre merecedora de muitos aplausos!

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