MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão

Em 2021, alegrias, tristezas e tragédias amenizadas pela comunicação televisiva



Quando os livros de história se recordarem do ano de 2021 parece que uma palavra será unanime nesta recordação: vacina. Essa grande contribuição da Ciência para a Humanidade, relativamente recente quando se tem uma perspectiva histórica mais ampla, salvou muitas vidas, diante da terrível pandemia do coronavírus que causou grande mortandade global em 2020, diminuída consideravelmente no ano seguinte em virtude do inicio da vacinação no que tange, por exemplo, o Brasil.

E a nossa TV deu grande contribuição para cumprir o seu constitucional papel de informar a população neste inédito momento em toda sua história. Um exemplo manifesto disso foi a vitória por unanimidade do Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão para o Troféu Imprensa deste ano. Além disso, uma de suas apresentadoras, a jornalista Renata Vasconcellos recebeu o mesmo prêmio como a Melhor Apresentadora de Telejornal (mesmo premio recebido por seu colega de bancada, William Bonner, em 2014, ano onde o telejornal também venceu pela excelente cobertura das eleições presidenciais brasileiras). E também ganhou o Prêmio Melhores do Ano do programa Domingão com Huck, o primeiro apresentado na TV Globo por Luciano Huck, devido a ida de Fausto Silva para a Bandeirantes.

E nesta mesma premiação global, se homenageou o humorista Paulo Gustavo com o nome do Troféu para os Melhores da Comedia, que foi vencido por sua amiga, a talentosa comediante Tata Werneck. Foi uma destacada homenagem a esse campeão cinematográfico de publico, vitimado tão jovem pela terrível Covid 19. E o Troféu Imprensa também de alguma maneira o homenageou, conferindo ao programa de humor que ele protagonizava, intitulado “Vai que Cola Miami” o premio, numa renhida disputa com o tradicional programa do SBT, “A Praça é Nossa”, protagonizado pelo mestre Carlos Alberto de Nobrega, nascido na fluminense cidade de Niterói, a exemplo de Paulo Gustavo.

Outra perda sentida foi da cantora e compositora goiana Marília Mendonça, que faleceu num brutal acidente aéreo na mineira Piedade de Caratinga, no dia 05 de novembro de 2021. Ganhadora com todo mérito de dois Troféus Imprensa:  Revelação Televisiva de 2016  (uma láurea que Anitta não conseguiu ganhar em 2012), além de ter sido proclamada a Melhor Cantora Televisiva de 2017, derrotando até mesmo Ivete Sangalo, uma declarada fã sua, assim como Caetano Veloso que numa letra sua a chamou de “Maravilha Mendonça”. Ela sim merecia ser homenageada com a decretação de um Luto Nacional, que só não foi feito porque o presidente de então, Jair Bolsonaro, odeia a cultura brasileira, bem como ter sido capa da Revista Veja, muito mais que Paulo Gustavo, que não era uma figura popular na Televisão como sem duvida sempre será Marilia Mendonça.

E como foram duras as demais perdas televisivas daquele ano: nunca mais Tarcísio Meira (e a sua dramaticidade ) e  nunca mais Eva Wilma (e a sua elegância); nunca mais Luis Gustavo (e a sua comicidade); Gilberto Braga (e a sua teledramaturgia), sem falar nas excelentes ideias de Marco Maciel, Alfredo Bosi, Alex Periscinotto, Jose Arthur Gianotti e da autora Renata Pallottini, e os ensinamentos históricos do dr. Celio Debes e da Dra. Nelly Candeias, além do exemplo de vida católica do cardeal Dom Eusebio Scheid (Rio de Janeiro) e do cardeal Jose Freire Falcao (Brasilia) e as longevas presenças na TV e nas artes de Vera Nunes, Odayr Marsano e Orlando Drummond.

E como não se registrar o Centenário de nascimento de Cacilda Becker, Clovis Garcia, Dom Paulo Evaristo Arns, Antonio Maria, Freitas Nobre, Jaco Guinsburg, Dick Farney, Zé Keti, Vasco Mariz, Mario Brasini, Luiz Delfino, Helio Fernandes, Frans Krajberg, Wilson Martins, Salomé Parisio, Arnaldo Camara Leitão, Urbano Reis, Ruth de Souza, Magno Salerno, Maria Clara Machado, Nestor de Holanda e tantos outros que a pandemia atrapalhou tanto ser dignamente celebrados com maior intensidade e jubilo.

No tocante as telenovelas, duas produções foram as maiores de 2021: “Amor de Mãe” de Manuela Dias com direção de Jose Luiz Villamarim, protagonizada pelos premiados Regina Case como a mãe e Chay Suede, como o filho, além de “Um Lugar ao Sol” de Licia Manzo com direção de Mauricio Farias, único empate nas 13 categorias do Trofeu Imprensa apresentado pelo genial Silvio Santos, também premiado como o Melhor Animador/Apresentador de TV, e que também se saiu vencedor na categoria Melhor Programa de Auditório.

Por tudo isso, se 2021 deixou um rastro de milhões de mortes em todo o Mundo, a vacinação deu grande esperança, na volta da normalidade sanitária, o que realmente ocorreu no ano seguinte. E a Televisão, foi uma comunicativa, informativa e eficaz diversão nestes tempos tão duros.

Por Fábio Siqueira

 

 

 

 

 

Rodolfo Bonventti

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