O Brasil perdeu o talento de Carlos Lyra, cantor, compositor e violonista que foi um dos ícones do movimento da Bossa Nova. Ele faleceu em 16 de dezembro, no Rio de Janeiro, aos 90 anos de idade.
O carioca do bairro de Botafogo foi uma das figuras mais jovens da Bossa Nova, e em 1959, participou do célebre álbum “Chega de Saudade”. Foi parceiro musical de Roberto Menescal, Geraldo Vandré e de Ronaldo Bôscoli e Vinícius de Moraes, principalmente, e compôs e interpretou clássicos da nossa música popular como “Coisa Mais Linda”; “Maria Ninguém”; “Minha Namorada”; “Lobo Bobo”; “Menina” e “Maria Moita”.
Carlos Lyra escreveu o musical infantil “O dragão e a fada” e musicou o espetáculo “Um americano em Brasília”, além de ter criado o Centro Popular de Cultura da União Nacional do Estudantes, na década de 1960. Em 1963, escreveu com Vinícius de Moraes as canções do musical “Pobre menina rica”. Foi também diretor musical do Teatro de Arena.
Ele foi casado por 30 anos com a atriz e modelo americana Kate Lyra, com quem teve uma filha, Kay Lyra, que hoje é cantora também, e seu segundo casamento foi com a produtora Magda Botafogo.
Ele faleceu dois dias depois de dar entrada em um hospital na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com um quadro de febre muito alta. Seu corpo foi enterrado no Cemitério Memorial do Carmo, no bairro do Caju.