Gino Cortopassi nasceu na capital paulista, em 23 de setembro de 1910.
Adotou o nome artístico de Zé Fidelis e foi cantor, compositor, ator e humorista. Foi um pioneiro do humor em rádio do Brasil. Ele se apresentava como “o inimigo número 1 da tristeza”.
Fazia imitações diversas, paródias de sucesso, num humor ingênuo e despertava simpatia até naqueles a quem ele imitava.
Em 1930, Zé Fidelis começou sua carreira no programa radiofônico “Cascatinha do Genaro”, de João Batista de Almeida. Foi aí que criou o personagem Zé Fidelis. Passou a atuar no Cassino da Urca e foi um grande “one man show”. Esteve também no Cassino Quitandinha e gravou inúmeros discos. Em 1958, foi o primeiro artista a gravar um lp de 33 rotações, só de humor.
Também fez músicas, que foram gravadas por outros cantores como Alvarenga e Ranchinho, que gravou “Meu Boi”, paródia de “Meu Bem”, gravada por Ronnie Von, em 1966, e adaptada de música dos Beatles: “Girl”.
Ele também escreveu vários livros de sucesso, como: “Binho, Mulata e Vacalhau”; “Seleção Canalhinha”; “ Muito Sangue e Pouca Areia”; “ História do Mundo”; “Teatro Maluco”; “ Saravulho”; “ Bérsus a Gasugênio” e “ Ópera pela Tripa”.
A carreira de Zé Fidelis foi longa. Seu 1º disco foi em 1938, e ele gravou ao todo quase 50 discos. Às vezes gravava quatro a cinco num mesmo ano. O último que gravou foi em 1981: “50 Anos de Humor Legal”, um humorístico sertanejo.
Zé Fidelis faleceu em uma clínica de repouso em São Paulo, aos 74 anos de idade, em 15 de março de 1985.