Osmiro Campos nasceu em Pelotas, no Rio Grande do Sul, em 18 de abril de 1933.
Em 1947, o jovem Osmiro virou funcionário público dos correios, em Porto Alegre. E também foi trabalhar na radio Difusora, de contra-regra e locutor. Tempos depois estava em Cachoeira do Sul, no interior do Rio Grande. Foi por poucos meses. Logo estava de mudança para São Paulo, tendo chegado aqui em 1º de abril de 1950.
Em São Paulo foi trabalhar na radio Tupi, e graças a ajuda do diretor Walter Avancini, foi tentar ser radio ator na rádio São Paulo. Chegando lá, foi recebido por Alfredo de Carvalho, filho de Paulo Machado de Carvalho, dono das rádios Record, São Paulo e Panamericana. Ele estava no comando do concurso “Procura-se Um Galã” e ao ouvir Osmiro, encontrou o que procurava.
A partir daí, Osmiro participou de várias radionovelas e foi capa da revista Radiolar, sendo apresentado como o galã da época.
Mas o inquieto Osmiro foi para o Rio de Janeiro, e trabalhou nas rádios Tupi, Mundial e Mayrink Veiga e estudou no renomado Conservatório Nacional de Teatro.
No Rio começou a trabalhar na TV Tupi, canal 6, no programa “Teatro de Equipe”, ao lado de mestres como Ribeiro Fortes e Paulo Pontes. Fazia pequenos papeis.
Voltou para São Paulo e em 1958 ingressou na dublagem. Nos estúdios da AIC, fez a voz de James em “A Feiticeira”, quando o ator que o interpretava era Dick Sargent.
Tem no seu currículo centenas de dublagens,mas uma delas se destacou. Ele substituiu Potiguara Lopes, que morreu, na dublagem de Rubén Aguirre, o professor Girafales, nas séries “Chaves” e “Chapolin”. E se tornou o dublador oficial do ator mexicano, trabalho que o tornou famoso junto ao aguerrido fã-clube do seriado.
Quando voltou a São Paulo, além da dublagem também trabalhou nas novelas “Redenção”, “O Morro dos Ventos Uivantes” e “O Grande Segredo”, todas na Excelsior. E fez “O Jardineiro Espanhol” em 1967, na Tupi. Anos mais tarde trabalhou em “Amigas & Rivais” e “Revelação”, no SBT.
Osmiro também atuou no teatro. Esteve nas montagens de “A Torre em Concurso”, no Rio. Em São Paulo fez “Pequenos Burgueses”, “Lisístrata” e toma parte na histórica montagem de “Cemitério de Automóveis”, de Arrabal, com direção de Victor Garcia e produção de Ruth Escobar.
No começo dos anos 2000 voltou aos palcos, interpretando um padre na consagrada peça “Trair e Coçar é só Começar”.
Osmiro Campos faleceu aos 82 anos em São Paulo, no dia 5 de julho de 2015. Seu corpo foi cremado no Cemitério da Vila Alpina, na capital paulista.