Organdina de Souza Cardoso nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 17 de agosto de 1910.
Adotou o nome artístico de Norah Fontes e trabalhou em rádio, como atriz e cantora, e também em teatro. Casou-se com o ator Dário Cardoso, com quem teve dois filhos: Renato e Regis Cardoso, que veio a ser um grande diretor de novelas.
Norah trabalhou muito tempo no Rio Grande do Sul, nas emissoras Rádio Sociedade Gaúcha, Rádio Difusora Portoalegrense, Rádio Cultura de Pelotas e Rádio Charrua de Uruguaiana.
Seu marido Dário faleceu em 1941 e ela veio para São Paulo e foi trabalhar nas Emissoras Associadas. Atuou na “Caravana da Alegria” e no programa “O Contador de Histórias”.
Casada pela segunda vez, agora com o locutor Armando Mota, Norah Fontes fez radionovelas e o programa “Contos Brasileiros” na TV Tupi em 1957. Atuou também no “TV de Vanguarda” e no “TV de Comédia”.
Participou do filme “Quase no Céu”, em 1949, escrito e dirigido por Oduvaldo Viana. Nesse filme também trabalhou seu filho Regis Cardoso, ainda menino. Ainda no Cinema esteve em “O Grande Momento” em 1958; “Quatro Brasileiros em Paris”, em 1965; “Bebel, Garota Propaganda” e “O Pequeno Mundo de Marcos“, ambos em 1968, e “Em Família” em 1970.
Estreou nas novelas em 1964, quando participou de “A Gata” na TV Tupi, e aí se seguiram “O Sorriso de Helena”; “O Cara Suja”; “A Outra”; “A Ré Misteriosa”; “A Intrusa”; “Os Rebeldes”; “Antonio Maria”; “Vitória Bonelli”; “Rosa dos Ventos”; “A Barba Azul” e “Meu Rico Português“, todas na TV Tupi.
Norah foi levada pelo filho Régis Cardoso, em 1969, para a TV Globo, onde fez as novelas “A Cabana do Pai Tomás”; “Pigmalião 70”; “A Próxima Atração” e “Minha Doce Namorada”, mas em 1972 voltou para São Paulo e para a TV Tupi.
Norah Fontes, quando se aposentou, nos anos 1980, resolveu voltar a morar na sua querida Porto Alegre, onde veio a falecer em 9 de outubro de 1996, aos 86 anos de idade.