Neuza Gouveia Silva do Amaral nasceu em São José do Barreiro, interior de São Paulo, no dia 1º de agosto de 1930.
Filha de pais analfabetos, começou a trabalhar aos 12 anos, entregando marmitas. Iniciou a carreira no Rio de Janeiro, na Radio Tupi, em 1951, como locutora. Então transferiu-se para São Paulo, onde arrumou um emprego na Rádio Record, em 1953, como radioatriz e locutora.
Neuza Amaral iniciou na Televisão em 1957, na novela “Alma da Noite” na TV Record, onde fez também “A Mansão dos Daltons” e vários teleteatros. Em 1963, foi para a TV Excelsior fazer “Aqueles Que Dizem Amar-se” e “2-5499-Ocupado”, a primeira novela diária da tv brasileira.
Na TV Excelsior trabalhou numa sequência de novelas. Fez “A Moça Que Veio de Longe”, “Uma Sombra em Minha Vida”, “As Solteiras”, “O Céu é de Todos” e “Pecado de Mulher”.
Em 1967, fez sua primeira novela na TV Globo, que foi “A Sombra de Rebecca”. Vieram depois “Anastácia, a Mulher Sem Destino”, “Sangue e Areia”, “Véu de Noiva”, “A Grande Mentira”, “Irmãos Coragem”, “O Homem Que Deve Morrer”, “Selva de Pedra”, “Os Ossos do Barão”, “Fogo Sobre Terra”, “Bravo”, “O Casarão”, “Estúpido Cupido”, “Duas Vidas”, “O Pulo do Gato”, “Pecado Rasgado”, “Cabocla”, “Olhai os Lírios do Campo”, “Plumas e Paetês”, “Ciranda de Pedra”, “Elas por Elas”, “Paraíso”, “Louco Amor”, “Voltei Pra Você”, “Sinhá Moça”, “Brega e Chique”, “Delegacia de Mulheres”; “Rainha da Sucata” e “Barriga de Aluguel”.
Em 1995, fez na TV Manchete, “Tocaia Grande”. Em 1996, voltou para a Globo onde fez “Força de um Desejo”, “Senhora do Destino”, “Linha Direta”; ”Páginas da Vida”, “Cobras e Lagartos” e “Pé na Jaca”, seu ultimo trabalho na TV, já em 2007.
Neuza Amaral também esteve no elenco de muitos filmes, desde 1967 a 1984. Foram ao todo 20 filmes, e o primeiro foi “A Lei doi Cão”, em 1967, seguindo em “Memórias de um Gigolô”, “As Duas Faces da Moeda”, “Rua Descalça”, “Os Machões”, “Café na Cama”, “Obsessão”, “Como é Boa a Nossa Empregada”, “Tormento”; “”Quem Tem Medo de Lobisomem?”, “Tem Folga na Direção”, “As Pípulas Falaram”, “Amada Amante”, “Meus Homens, Meus Amores”; “Os Trombadinhas”; “A Pantera Nua”, “O Amante de Minha Mulher”; “A Deusa Negra”; “Pra Frente, Brasil” e “Amor Maldito”.
Em 1974, Neuza Amaral recebeu o Troféu APCA, pela atuação na novela “Os Ossos do Barão“, na TV Globo.
Em 1990, a atriz enveredou pela política e foi eleita vereadora na cidade do Rio de Janeiro. Ao longo da carreira a atriz participou de 50 produções, entre novelas, séries e especiais e 16 peças teatrais.
Em 1975, durante sua participação na novela “Bravo!”, de Janete Clair, na TV Globo, sua personagem faria uma plástica rejuvenescedora. Neuza propôs uma cirurgia de verdade. E assim foi feito. Foi um fato pioneiro na história da teledramaturgia.
No início dos anos 2000, mudou-se para Araruama, no Rio de Janeiro, onde foi convidada pela prefeitura para ser a controladora-geral da Cultura do município Em 2008, ela lançou sua autobiografia, “Deixa comigo”, cuja renda foi revertida para o Lar de São Francisco, asilo de idosos de Araruama, onde morava na ocasião.
Em 2012 lançou outro livro, “Isso eu Vivi” onde destacava sua trajetória na TV, sua passagem pela política, a conversão ao judaísmo, a luta pela hemofilia e pelos direitos dos idosos. Ela era viúva do polonês Erikn Nakonechnyj, com quem teve um filho.
Neuza Amaral faleceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de abril de 2017, aos 86 anos de idade, de uma embolia pulmonar.