Nélia Faria nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 26 de outubro de 1930.
Era pequena quando mudou-se com a família para a cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, e começou sua vida artística em 1948, como modelo. Atuou nos anos 1950, principalmente no teatro de revista, o teatro rebolado.
No teatro de revista, com o nome artístico de Nélia Paula, estreou em 1951, fazendo “Revista no Escuro”; “To Aí Nessa Caixinha”; “Olha o Pixe!” e “Sossega, Ademar!”, entre outras, e fez muito sucesso, pois era dona de belas pernas. Trabalhou nas companhias de Carlos Machado, de Walter Pinto e fez dupla com Renata Fronzi, em muitos espetáculos. Trabalhou também no Teatro Jardel, em Copacabana.
Ainda no Teatro, mas agora nas décadas de 1960 e 1970, atuou nas peças “Gaiola das Loucas”, “ Mandrágora”; “Alô Dolly”, ao lado de Bibi Ferreira, e em “Rio Bom de Samba”.
No Cinema, ela atuou em “Eva no Brasil”, em 1956 e “As Borboletas Também Amam” em 1979.
Nélia Paula passou para a Televisão em 1964, quando na TV Rio, atuou no programa “Praça Onze”, e depois participou também do programa “Cidade de Araque“, em 1968, na TV Bandeirantes, onde também fez “Show do Ankito”, no mesmo ano. Esteve na Rede Globo por vários anos, se apresentando nos programas “Brasil 78″; “Saudade Não Tem Idade”; “Sítio do Picapau Amarelo”; “Chico City” e “Escolinha do Professor Raimundo”, onde viveu primeiro Amparito Pêra e depois a Dona Cora.
Nas novelas, Nélia Paula atuou em “Partido Alto”; “Guerra dos Sexos”; “Roque Santeiro”, onde viveu Amparito Hernandez; e o remake de “Selva de Pedra” em 1986. Esteve também na TV Manchete, onde participou da novela “Carmem”, em 1987.
Nélia viveu por quase 50 anos sozinha, num apartamento no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. Mas depois, sentiu-se insegura e queixava-se de que não tinha trabalho e foi morar então no “Retiro dos Artistas”, em Jacarepaguá, onde ficou por quase oito anos.
Nélia Paula foi vítima de ataque cardíaco fulminante, em 08 de setembro de 2002, no Retiro dos Artistas, aos 72 anos de idade.