MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


MARCOS REY


Edmundo Donato, mais conhecido como Marcos Rey, nasceu na capital paulista em 17 de fevereiro de 1925.

Filho de um livreiro e irmão de um romancista, teve contato com livros desde pequeno. “E com aparas de papel”, com o que gostava de brincar em menino. Ele não foi bom aluno, nem chegou a Faculdade de Direito, como era o sonho de seus pais, e bem jovem começou a ganhar uns trocados com contos, que publicava aqui e ali.

E depois, como seu irmão Mario Donato era diretor de redação do O Estado de São Paulo, Marcos fazia reportagens para ele. E estava já selado o destino de Marcos, ser free-lancer em jornais. Passou logo para as emissoras de rádio. Foi da Excelsior, da Nacional, da Tupi, sempre em São Paulo. E aí, como uma decorrência, foi para a televisão, o veículo que havia nascido alguns anos antes.

Fez muitos roteiros para a TV. Em 1953, lançou seu primeiro livro, “Gato no Triângulo”. Passou também para a publicidade, tendo pertencido ao departamento de criação de grandes agencias. O Golpe Militar de 64 o deixou em dificuldades. E ele já estava casado com Palma Bevilacqua, que até chegou a vender seu carro, para que o marido saísse de todos os seus mil empregos, e se dedicasse só à literatura.

Marcos Rey teve mais de 40 livros publicados, e alguns com tradução para diversos idiomas. Foi ainda muito bem recebido, quando enveredou para a literatura juvenil. Depois tornou-se acadêmico. Ganhou uma cátedra na Academia Brasileira de Letras.

Seus principais livros, depois transportados para o Cinema e a Televisão foram “Café na Cama”, Memórias de um Gigolô” e “O Enterro da Cafetina”.

Na Televisão, ele escreveu vários textos para os teleteatros da TV Paulista, TV Continental e TV Excelsior, nas décadas de 1950 e 1960. Na televisão, sua marca registrada foram as cenas curtas, modernas, como as de um pintor, as pinceladas, e ele misturava muito bem o drama ao humor.

Em 1973, ele foi para a TV Tupi onde escreveu vários teleteatros para o programa “Estúdio A“. Em 1975, adaptou para o horário das 18 horas da TV Globo, a novela “A Moreninha”, um sucesso de audiência.

Escreveu também para o “Teatro 2″ da TV Cultura em 1976, e para a TV Globo foi o responsável por vários episódios do “Sítio do Picapau Amarelo” entre 1980 e 1983. Para a TV Cultura escreveu dois teleromances na década de 1980: “Quincas Borba” e “Partidas Dobradas”. 

Marcos Rey faleceu em 1º de abril de 1999, na capital paulista, por complicações pós-cirúrgicas, aos 74 anos de idade.

 
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