Luiz Roberto Galizia nasceu na capital paulista em 05 de agosto de 1951.
Foi ator, autor e diretor teatral paulistano. Autor de algumas versões de Brecht, Galizia atuou predominantemente em Teatro e fez alguns filmes.
No mesmo ano em que atuou na peça do dramaturgo polonês Stanislaw Witkiewicz, “Delírio Tropical“, com direção de Emílio di Biasi, fundou o Grupo Ornitorrinco com Cacá Rosset e Maria Alice Vergueiro, em abril de 1977.
Galízia e Rosset eram alunos da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, enquanto Maria Alice Vergueiro era professora da mesma escola. Na época, o teatro não era mais o espaço de experimentação estética e de contestação política que fora na década de 1960.
O Ornitorrinco inovou levando textos clássicos e de vanguarda aos palcos, com grandes doses de liberdade e humor. A companhia montou “Os Mais Fortes”, sobre a obra de August Strindberg, e em seguida o “Ornitorrinco Canta Brecht e Weill”, saindo do antigo porão do Oficina para outros espaços, já oficialmente como um grupo de teatro. Em seguida, o Grupo fez “Pequeno Mahagonny“, de Brecht, peça em que Galizia cantava.
Tempos depois ele saiu do Ornitorrinco e dedicou-se a trabalhos de pesquisa teatral e teses, ao mesmo tempo em que também atuava em publicidade.
No começo da década de 80, fez “A Pororoca”, com Magali Biff, para o Festival Latino-Americano de Teatro, em Nova York. Em fins de 1982, Galizia e um conjunto de atores realizou, em criação coletiva, algumas apresentações experimentais que falavam sobre a esquizofrenia e a dificuldade de harmonizar conceitos ocidentais e orientais de ética, filosofia e comportamento. Nasceu, assim, o Grupo de Arte Ponkã com o lançamento do Manifesto Ponkã, em 1983.
No Cinema, Galizia atuou nos longa metragens “Vozes do Medo (1974); “Maldita Coincidência (1979); “O Olho Mágico do Amor ” (1981 e “O Beijo da Mulher-Aranha” (1985).
Como autor, escreveu o livro “Os Processos Criativos de Robert Wilson“.
Luiz Roberto Galizia faleceu em 25 de fevereiro de 1985, de AIDS, no Hospital Emílio Ribas em São Paulo, aos 34 anos de idade.
