A cantora e atriz Leny Eversong, cujo nome oficial é Hilda Campos Soares da Silva, nasceu no dia 1 de setembro de 1920, em Santos/SP. Sua carreira teve grande destaque nas suas performances como intérprete de músicas internacionais.
Dona de uma voz poderosa, aos 12 anos Leny venceu um concurso de talentos mirins na Rádio Clube de Santos. Em 1937 foi para o Rio de Janeiro, onde se apresentou na Rádio Tupi. Atuou ainda em shows do Cassino da Urca e do Copacabana Palace. Mas sem o sucesso esperado a cantora voltou a São Paulo, onde trabalhou até os anos 1950.
Em 1942, gravou temas internacionais como crooner da orquestra de Anthony Sergi, o Totó. Em 1951, começou a gravar também em português. Trabalhou nas rádios Excelsior e Nacional, em São Paulo. Participou da inauguração da Rádio Mundial do Rio de Janeiro, em 1955, que deu impulso a sua carreira. Tempos depois Leny já era um dos maiores salários do rádio brasileiro.
Em 1956 começou a se apresentar nos Estados Unidos, principalmente em Las Vegas, onde fez temporadas nos famosos cassinos e cantou na televisão. Entrou para a história sua participação em 6 de janeiro de 1957 no programa de Ed Sullivan, onde dividiu suas interpretações com um jovem astro do rock, Elvis Presley. Em 1958 cantou no Olympia de Paris. Lançou discos nos EUA e Paris. Fez shows na Argentina, onde era anunciada como “cantora americana” e na Venezuela, Cuba, Peru, Chile e Uruguai. Criticada por cantar músicas estrangeiras, gravou músicas de Lupicínio Rodrigues, Tom Jobim e Adoniran Barbosa. Cantou ainda sucessos em francês, espanhol e italiano. Entre seus hits, lembrados pelo público estão suas gravações de “Jezebel”, “Canto Afro-Cubano”, “Granada” e “Samba Internacional”.
Nos anos 1960 voltou a São Paulo, trabalhando na Record, Excelsior e Tupi. Em 1965, participou da peça “Ópera dos Três Vinténs”. Nesse ano fez uma incursão como atriz de novelas, vivendo ‘Dona Rosália” em “Porto dos Sete Destinos”, na TV Rio. Foi uma das intérpretes o Festival da Record, em 1966. Em 1968 fez um memorável show na boate Drink, no Rio, em dupla com Cauby Peixoto, que se eternizou em disco gravado ao vivo. Nesse ano gravou um especial para a CBS americana. Em 1970 voltou ao Rio e fez um show no Canecão. Também atuou no cinema. Na sua carreira como atriz, constam:
| 1957 | Canjerê | cinema | |
| 1957 | Tem Boi na Linha | cinema | |
| 1964 | O Santo Módico | cinema | |
| 1965 | O Porto dos Sete Destinos – novela | Dona Rosália | TV Rio |
Em 1973 começou a se afastar da carreira. Seu marido, Francisco Luís Campos Soares da Silva, desapareceu misteriosamente. Esse trauma e mais seus problemas com o diabetes e o excesso de peso, abalaram sua qualidade de vida. Em 1983 fez uma última participação na tv, no “O Show é o Limite”, de J. Silvestre.
Leny Eversong faleceu em 29 de abril de 1984.
M.A.Z./ 05-08-2021
