MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


JOSÉ MARIA SANTOS


José Maria Ferreira Maciel dos Santos, mais conhecido como José Maria dos Santos, nasceu em Guarapuava, no Paraná, em 12 de dezembro de 1933.

Foi com a família para Curitiba, e seus estudos sobre teatro começaram na Escola Dramática do Sesi. Em 1971, criou um grupo de teatro com alunos da Escola Técnica Federal do Paraná e permaneceu na instituição até a sua morte.

Ele foi o primeiro e único ator paranaense a receber uma premiação do cinema nacional sem jamais ter abandonado o Paraná. Recebeu o Kikito de Ouro de melhor ator coadjuvante no Festival de Cinema de Gramado, por sua atuação como Doutor Aurélio no filme “Aleluia Gretchen”, de Silvio Back.

José Maria Santos teve uma intensa atividade no teatro, cinema e televisão. Nos palcos, começou como contra-regra, em 1956, no espetáculo infantil “Pluft, O Fantasminha”, de Maria Clara Machado. No ano seguinte, em 1957, estreou como ator, na peça “O Boi e o Burro”, também de Maria Clara Machado. 

Com a criação do Teatro de Comédia do Paraná, nos anos 1960, José Maria Santos participou de várias peças sob a direção de Cláudio Correia e Castro. Ele também escreveu, dirigiu, atuou e produziu dezenas de espetáculos independentes.  Fez a  comédia “Lá”, um monólogo de Sérgio Jockyman, e com esse espetáculo, José Maria Santos atuou cerca de 1800 vezes, desde 1971 até a última temporada, em agosto de 1989. 

No final de 1989, três semanas antes de ser internado no Instituto de Cirurgia e Medicina do Paraná, para ser submetido à primeira das quatro cirurgias que suportou em seus 42 dias de sofrimento, o ator fez o personagem central de um vídeo-ficção, com apenas quatro intérpretes, rodado na própria sede do MIS-PR. 

Ator eclético, José Maria foi, no início dos anos 1960, um dos primeiros profissionais a aparecer no vídeo da pioneira TV Paraná, ali criando um personagem que marcou época na série “É Proibido Sonhar”, escrita por Maurício Távora. 

No Cinema, além da premiada atuação em “Aleluia, Gretchen”, José Maria apareceu em outros filmes realizados no Paraná: “A Visita do Velho Senhor”, que Ozualdo Candeias e Valêncio Xavier realizaram no inverno de 1979; “Caminhos Contrários” (e seu subproduto “Deu a Louca em Vila Velha”) de O. Ponzio e “Os Galhos do Casamento”, de Sérgio Segall.

Participou do vídeo “Muiraquitã”, de Werner Schumann, e de alguns curtas em super 8mm como “O Besouro” de Hugo Mengarelli. 

José Maria Santos morreu de diverticulite, aos 56 anos de idade, em 04 de janeiro de 1990, após 45 dias internado no Instituto de Medicina e Cirurgia do Paraná e Hospital de Clínicas. Após a morte do ator, artistas paranaenses iniciaram uma campanha para que o Teatro de Classe, inaugurado em 1982, recebesse o nome de José Maria Santos. A inauguração com o novo nome aconteceu no dia 27 de junho de 1998.

 
Apoio
ABCD Nossa Casa
ABCcom
ABERT
ABTU
ACESP
Apodec
Centro Universitário Belas Artes
BRAVI
Coleção Marcelo Del Cima
Comunique-se
Fórum SBTVD
Grupo Observatório
Gugu Vive
IBEPEC
Kantar Ibope Media
O Fuxico
Radioficina
RITU
SET
Sindicato dos Radialistas de São Paulo
TUB
TudoRádio
Universidade Anhembi Morumbi
APJ
UBI
Vela – Escola de Comunicação