Jorge Amado nasceu em Itabuna, na Bahia, em 10 de agosto de 1912.
Aos 19 anos lança o seu primeiro livro, “O Pais do Carnaval”, pela Editora Schmidt, do poeta Augusto Frederico Schmidt, que repercute bem nos meios literários do Rio de Janeiro. Pouco tempo depois ao completar 22 anos, se transfere para a Editora Ariel, de Gastao Cruls e Agripino Griecco, onde lança “O País do Cacau”, em 1934, com ilustrações de Tomas Santa Rosa.
Em 1935, já na Editora José Olympio, publica “Jubiabá” que é considerado o melhor romance brasileiro daquele ano. Na mesma época,Jorge Amado se forma em Direito pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, a atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Na década de 1940, depois de muitas prisões em decorrência da ditadura Vargas, se candidata e é eleito deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCB) de São Paulo em 02 de dezembro de 1945, tomando posse em 1946 e participando como constituinte da Constituição de 18 de setembro de 1946.
É cassado em janeiro de 1948, juntamente com toda a bancada comunista, em razão da anulação do registro partidário do PCB. Já casado com Zélia Gattai, ele se exila no exterior e em 1958, já de volta ao Brasil, publica seu maior suceso, o livro “Gabriela Cravo e Canela”, pela Editora Martins. A obra foi adaptada para a TV como novela do horário das 22h da TV Globo em 1975, em adaptação feita por Wálter George Durst com direção de Walter Avancini, e depois teve outro remake recentemente na mesma emissora. Como obra literária ela já vendeu mais de dois milhões de exemplares até hoje.
Com “Gabriela Cravo e Canela”, ele recebeu os cinco principais prêmios literários: Jabuti, Carmem Dolores Barbosa, do Pen Clube Brasileiro, do Instituto Nacional do Livro e da Biblioteca Publica da Cidade do Rio de Janeiro.
Jorge Amado consegue outros best sellers com a obra “Dona Flor em Dona Flor e seus dois Maridos”; com “Tereza Batista Cansada de Guerra” e com “Tieta do Agreste”. Todas essas obras foram adptadas com sucesso para a Televisão, o Cinema e o Teatro.
Em 1969, ganha por unanimidade o Troféu Juca Pato, sendo eleito o Intelectual do Ano pelo seu livro “Tenda dos Milagres”, que gerou um filme dirigido por Nelson Pereira dos Santos em 1987. E
Nos anos 1990, Jorge Amado se dedica também à Literatura Infanto-Juvenil e à Literatura de Memórias. Ganhador de todas as comendas culturais brasileiras e das principais honrarias diplomáticas internacionais, pois sua obra já foi traduzida para mais de 40 idiomas e lançada em mais de 50 países, ele se tornou o escritor brasileiro mais premiado do século XX.
Jorge Amado faleceu em 06 de agosto de 2001, aos 88 anos de idade, e sua esposa, a escritora Zélia Gattai o sucedeu em sua cadeira de nº 23 da Academia Brasileira de Letras, onde Jorge foi eleito com consagradora votação em 1961.
