Ayres Kruger da Senna Campos nasceu em Uberaba, Minas Gerais, em 26 de maio de 1923.
Seu pai Francisco Kruger foi um homem culto, que estudou até em Oxford, e que sabia muitos idiomas, e dialetos indus. O pai foi adido em Bombaim e era ligado em esportes. Tentou investir em gado indiano e perdeu tudo. A família foi para Santos, e arrumou emprego nas docas.
Ayres Campos começou a cantar na Rádio PRC-6 e chegou a cantar no Teatro Municipal de São Paulo. Também se apresentou na Rádio Bandeirantes e depois na Rádio Panamericana. Cantava músicas americanas, italianas e até japonesas.
Fez curso de química e depois começou odontologia, mas logo viajou para o exterior e fez curso de aviação nos Estados Unidos. Depois, já na Europa, interessou-se por perfumes e cosméticos franceses, especializou-se nisso e, de volta ao Brasil, montou um laboratório. Voltou-se também para os esportes, como fazia o pai e era lutador. Foi assim que começou a atuar em filmes na Empresa Cinematográfica Vera Cruz.
Ayres fez os filmes “Sai da Frente”; “Nadando em Dinheiro”; “Veneno”, e vários outros. Ao saber que a Televisão Record procurava um jovem forte para fazer um herói infantil, apresentou-se e foi escolhido. Era o ano de 1954. A Record estava dando seus primeiros passos, e o Capitão Sete aconteceu. Esse era o nome do personagem que Ayres Campos fazia. E tudo foi preparado para o seu sucesso: roupa desenhada especialmente, música escolhida, hino do Capitão Sete e até um fã-clube foi fundado e roupas iguais foram distribuídas aos meninos, que adoravam o Capitão Sete e que recebiam até carteirinhas de identificação. Esse programa ficou no ar por mais de dez anos.
Depois disso, Ayres Campos criou uma empresa de fantasias infantis, não apenas de seu personagem, mas também de heróis estrangeiros, como Super-Homem e vários outros. Criou ainda a Revista do Capitão Sete. Ficou representando heróis americanos e depois japoneses.
Ayres Campos faleceu na capital paulista em 11 de julho de 2003, de pneumonia, aos 80 anos de idade.