MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


PLÍNIO MARCOS


Plínio Marcos de Barros nasceu em Santos, litoral paulista, em 29 de setembro de 1935.

Foi ator, diretor, jornalista, mas principalmente escritor. De família bem modesta, não gostava de estudar. Terminou apenas o curso primário. Exerceu várias profissões, para poder se manter. Foi funileiro, quis ser jogador de futebol e chegou a jogar na Portuguesa Santista, serviu na Aeronáutica, mas desde os 16 anos participou de vários espetáculos de circo.

Com todas essas andanças, em 1958, conheceu a escritora ejornalista Pagu. e se envolveu com teatro amador, em Santos. Nesse ano, impressionado com o caso de um garoto que foi “currado”na cadeia, escreveu sua primeira peça teatral, “Barrela”. Por sua linguagem forte e crua, a peça ficou proibida por 21 anos.

Em 1960, estava com 25 anos e transferiu-se para São Paulo. Primeiramente, para se manter, foi ser camelô. Depois entrou para a teatro e para a televisão. Foi ser ator. Na TV Tupi ganhou um papel no seriado juvenil “Falcão Negro”. Passou para o Teatro de Arena, e foi ser administrador e faz tudo. Esteve também na Companhia de Cacilda Becker e na de Nydia Lícia. A partir de 1963, passou a escrever textos para o “TV de Vanguarda“, na TV Tupi.

Na época do Regime Militar, fez o roteiro do espetáculo “Nossa Gente, Nossa Música”. Em 1965, conseguiu encenar “Reportagem de um Tempo Mau”. Mas não conseguiu barrar a censura e ficou só um dia em cartaz.

Em 1968, veio para a Televisão e ganhou um bom papel na novela da TV Tupi, “Beto Rockfeller”, onde viveu o cômico motorista Vitório. A novela fez imenso sucesso e Plínio Marcos ficou muito conhecido em todo o Brasil e voltou a investir bastante no Teatro.

Ele resolveu vender os ingressos de suas peças nas portas dos teatros e passou a viver sem concessões, mesmo sabendo que a Censura ainda estava de olho nele. Intensamente produtivo, sempre ligado à cultura popular, passou também a escrever em jornais. Trabalhou para a “Última Hora”, o “Diário da Noite”, a “Folha de São Paulo”, o “Pasquim”, a revista “Placar” e vários outros. Nessa época ficou sendo chamado de “Escritor Maldito“.

Chegou a fazer 150 palestras por ano. Escreveu também romances e foi traduzido para o francês, inglês, espanhol e alemão. Fez mestrado e doutorado e recebeu prêmios, em todas as atividades que abraçou, quer como ator, diretor, escritor ou dramaturgo.

Na Televisão, depois do sucesso em “Beto Rockfeller”, ele esteve presente na novela “A Volta de Beto Rockfeller”, em 1973, na mesma TV Tupi, foi apresentador do programa “Jornal Dela” na TV Rio, também em 1973, e atuou e roteirizou um “Caso Verdade” na TV Globo, em 1976, sobre o Corinthians.

Plínio Marcos escreveu mais de 30 peças de teatro adulto, além de 5 peças infantis. Sua primeira peça foi “Barrela“, em 1958, e a última (inacabada), foi “Chico Viola”, em 1997. Entre seus principais trabalhos podemos citar “Quando as Máquinas Param”; “Dois Perdidos Numa Noite Suja”; “Navalha na Carne”; “Jeus-Homem”; “Querô”; “Balada de Um Palhaço”; “A Mancha Roxa”; “Madame Blavaski”; “Homens de Papel” e “Abajur Lilás”.

Plínio Marcos foi depois passando seus textos para livros, que também ele próprio vendia nas portas dos teatros. Além disso escreveu contos, novelas policiais e uma autobiografia. Ele foi ousado, e fez tudo o que tinha vontade,  e acabou por se impor diante de todos os críticos, que a princípio o rejeitavam.

Ele foi casado com a atriz Walderez de Barros por 18 anos e com ela teve tres filhos, entre eles o dramaturgo Léo Lama. Depois da separação se casou com a jornalista Vera Artaxo, com quem viveu por mais 14 anos.

Plinio Marcos faleceu em 19 de novembro de 1999, aos 64 anos de idade, na cidade de São Paulo, por falência múltipla de órgãos.

 
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