MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


RAUL CORTEZ


Raul Christiano Machado Pinheiro de Amorim Cortez nasceu na capital paulista, em 28 de agosto de 1932.

Ele quase se formou em Direito, mas no penúltimo ano trocou a universidade pelos palcos e estreou em 1955 em “Dias Felizes” e depois fez “Está lá Fora o Inspetor” no mesmo ano. Dois anos depois já estava no Cinema em “O Pão que o Diabo Amassou”.

No Teatro participou de mais de 60 espetáculos e foi várias vezes premiado como o melhor ator do ano nos palcos, recebendo o Prêmio Saci, o Governador  do Estado, o Mambembe, o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e o Moliére. Entre as inúmeras montagens que participou, sucessos como “Hamlet”; “A Morte do Caixeiro Viajante”; “Santa Marta Fabril”; “O Santo e a Porca”; “Yerma”; “O Pagador de Promessas”; “Pequenos Burgueses”; “Julio César”; “Black Out”; “O Balcão”; “Don Juan”; “Galileu Galilei”; “Hoje é Dia de Rock”; “Greta Garbo Quem Diria Acabou no Irajá”; “A Noite dos Campeões”; “Quem Tem Medo de Virginia Woolf?”; “Rasga Coração”; “Amadeus”; “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”; “O Lobo de Ray Ban” e “Rei Lear”.

No Cinema fez quase 30 filmes e se destacou tanto em comédias leves como em dramas. Foi premiado como melhor ator coadjuvante no Festival de Cinema de Brasília, em 1968, pelo filme “Capitu”, e em com o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro como melhor ator em duas oportunidades, em 2002 por “Lavoura Arcaica” e em 2005 por “O Outro Lado da Rua“.  Atuou com destaque ainda em “Vereda da Salvação”, em 1964; “O Caso dos Irmãos Naves” em 1967; “O Homem que Comprou o Mundo” em 1968; “A Arte de Amar…Bem” em 1970; “A Infidelidade ao Alcance de Todos” em 1972; “O Seminarista” em 1976; “Tensão no Rio” em 1984; “Vera” em 1987; “A Grande Arte” em 1991 e “Cinema de Lágrimas” em 1995.

Ele chegou à Televisão em 1958, quando participou do “Grande Teatro Tupi”, se transferindo depois para a TV Excelsior para fazer o “Teleteatro Brastemp” em 1962, e em 1966 fez sua primeira novela, que foi “Ninguém Crê em Mim”, também na TV Excelsior. Na TV Bandeirantes, em 1967,  fez “Os Miseráveis”. 

Foi nas novelas da TV Tupi que o público passou a reconhecer Raul Cortez como um dos nossos melhores atores. Na emissora paulista ele fez “Toninho On The Rocks”; “Vitória Bonelli”; “A Volta de Beto Rokfeller”; “Xeque Mate” e “Tchan! A Grande Sacada”. Fez também vários teleteatros na TV Cultura de São Paulo, dirigidos por Antunes Filho.

Na TV Globo, em 1980, fez um enorme sucesso na novela “Água Viva”, ao lado de Betty Faria, e depois apareceu com destaque em “Baila Comigo”; “Jogo da Vida”; “Moinhos de Vento” e “Partido Alto”. Aí foi para a TV Bandeirantes para estrelar ao lado de Sandra Bréa a novela “Sabor de Mel”, em 1984. Voltou à TV Globo em 1987 de lá não mais saiu, atuando em “Brega e Chique”; “Mandala”; “Rainha da Sucata”; “A.E.I.O.Urca”; “O Sorriso do Lagarto”; “As Noivas de Copacabana”; “Mulheres de Areia”; “Agosto”; “O Rei do Gado”; “Terra Nostra”; “Os Maias”; “Aquarela do Brasil”; “As Filhas da Mãe”; “Esperança”; “Um Só Coração” e “Senhora do Destino”, novela durante a qual Raul Cortez adoeceu, embora tenha conseguido ir até o final, num papel marcante, o do Barão de Bonsucesso.

Raul Cortez foi casado com a atriz Célia Helena, com quem teve a filha Lígia Cortez, também atriz, e depois com a modelo e promoter Tânia Caldas, com quem teve outra filha. Também foi várias vezes premiado como melhor ator do ano na TV, conquistando o Troféu Imprensa; o APCA; o Contigo de TV e o Arte Qualidade Brasil.

Raul Cortez faleceu em 18 de julho de 2006, aos 73 anos de idade, de câncer no pâncreas, na capital paulista.

 
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