MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão

PAULO GOULART


Paulo Afonso Miessa nasceu em Ribeirão Preto, estado de São Paulo, em 9 de janeiro de 1933, na Fazenda Santa Tereza.

Assumiu o nome de Paulo Goulart, e o sobrenome veio de um tio.“Tocaram sinos, quando eu nasci”, dizia Paulo, brincando. Estudou Química Industrial, formou-se, mas só sonhava com rádio. Quando soube que ia haver um teste para locutor, fez e não passou. Fez outros testes, dessa vez para ator, e passou a ser rádioator. O diretor era Oduvaldo Viana e seu primeiro trabalho em televisão foi com Mazzaropi, no papel de “Boca Mole”, e participou também do “Teatro de Comédia Piraquê”, do “Grande Teatro Tupi” e “TV de Comédia”, mas logo saiu da Rádio Tupi e TV Tupi, indo para a TV Paulista.

Foi ser o galã da novela “Helena” na TV Paulista, e também começou a fazer teatro. Foi para o Teatro de Alumínio, sob a direção de Abelardo Figueiredo e atuou em “Senhorita Minha Mãe”; “Ingenuidade” e “Vestido de Noiva”. Aí conheceu Nicette Bruno, com quem se casou em 1954, e tiveram 3 filhos: Bárbara, Beth e Paulinho, todos artistas.

Paulo Goulart fez uma carreira rápida. Foi para o Rio de Janeiro e fez TV Continental, TV Tupi e TV Rio. Passou por todas elas e por muitos teatros, atuando em “Pedro Mico”; “Lição de Botânica”; “Inimigos Íntimos” e “A Megera Domada”. Foi quando resolveu ir com Nicette, que esperava seu terceiro filho, a Curitiba, a chamado de seu pai, que estava lá numa boa posição em um banco. Paulo e Nicette foram empresários por dois anos.

Voltaram para São Paulo e Paulo Goulart conheceu então a TV Excelsior, onde trabalhou sob a direção de Walter Avancini nas novelas “Os Fantoches”; “A Muralha” e “O Terceiro Pecado”. Foi essa uma época em que se aprofundou muito em televisão, e que o levou para a Globo, após a falência da Excelsior. E na Rede Globo atuou inicialmente na novela “A Cabana do Pai Tomás” e depois em “Verão Vermelho”; “A Próxima Atração e “Uma Rosa Com Amor” ao lado de Marília Pêra.

Voltou para São Paulo e atuou em “Quarenta Anos Depois” de Lauro César Muniz na TV Record, retornando depois a TV Tupi para participar das novelas “Signo da Esperança”; “Papai Coração”; “Um Sol Maior” e “Éramos Seis” e “Gaivotas”.

Em 1980, com o encerramento das atividades da TV Tupi, Paulo Goulart e Nicette Bruno foram para a TV Globo e ele fez um trabalho atrás do outro, atuando em “Plumas e Paetês”; “Jogo da Vida”; “Transas e Caretas”; “Roda de Fogo”; “Fera Radical” e “Gente Fina”.

Nesse mesmo período ele fez muito teatro, como a peça “”, que esteve em cartaz por quatro anos e meio, e ainda “Orquestra de Senhoritas” vivendo Madame Hortense; “Constantina”; “Casal Classe Média, Televisão Quebrada”; “Treze”; “Dona Rosita, a Solteira”; “Mãos ao Alto São Paulo”; “Rei Lear” e “Flávia, Cabeça, Troco e Membros”.

Além de um casamento estável e longo, Paulo Goulart e Nicette Bruno também mantiveram uma sociedade que incluiu os filhos atores e foram donos do T.I.N.B. (Teatro Intimo Nicette Bruno), do Teatro Paiol, em São Paulo, e da Nicette Bruno Produções Artísticas.

Paulo Goulart também sempre atuou em Cinema, onde estreou em 1953 no filme “Destino em Apuros” e depois esteve em “Rio Zona Norte”; “O Grande Momento”; “O Cantor e o Milionário”; “O Barbeiro Que Se Vira”; “E o Bicho Não Deu”; “Cala a Boca Etelvina”; “Nordeste Sangrento”; “A Marcha”; “Pelé e os Trombadinhas”; “Gabriela, Cravo e Canela”; “Para Vivver um Grande Amor” e “Solidão, Uma Linda História de Amor“.

Além do trabalho no cinema, no teatro e na TV, foi também escritor e lançou “7 Vidas”, um livro de auto-ajuda; “Grandes pratos e pequenas histórias de amor”, um livro de culinária e “Vôo da Borboleta”.

Em 1989, ele foi para a TV Bandeirantes e participou da minissérie “Chapadão do Bugre”, mas retornou em seguida para a TV Globo onde atuou em “O Dono do Mundo”; “Despedida de Solteiro”; “Mulheres de Areia” e “Incidente em Antares”. Em 1994 passou pelo SBT em uma participação especial no remake de “As Pupilas do Senhor Reitor” e continuou por São Paulo onde atuou nas novelas “A Idade da Loba” e “O Campeão” na TV Bandeirantes.

O retorno para a TV Globo aconteceu em 1997 na novela “Zazá” e aí ele não saiu mais da emissora, atuando nas minisséries “O Auto da Compadecida” (1999) e “Aquarela do Brasil” (2000), e nas novelas “A Padroeira” (2001) e “Esperança” (2002); nas minisséries  “O Quinto dos Infernos” (2002) e “Um Só Coração” (2004); nas novelas “América” (2005), “Pé na Jaca” (2006) e “Duas Caras” (2007), nas minisséries “JK” (2006), “Amazônia, de Galvez a Chico Mendes” (2007) e “Som e Fúria” (2009), e nas novelas “Cama de Gato” (2009); “TiTiTi” (2010); “Morde e Assopra” (2011), o seriado “Louco por Elas” (2012) e a minissérie “O Tempo e o Vento” (2014).

Em Cinema, nos anos 2000, esteve em “Redentor”; “Tapete Vermelho” e dois filmes de temática espírita, que foram grandes sucessos de bilheteria: “Chico Xavier – O Filme” e “Nosso Lar”. E em 2013 fez “O Tempo e o Vento”, que depois foi transformado em minissérie da TV Globo, seu último trabalho artístico.

Paulo Goulart em 2012 descobriu um câncer nos rins pelo qual lutou bravamente. Já no hospital, comemorou 60 anos de casamento com Nicette Bruno, porém um tempo depois, em 13 de março de 2014, veio a falecer, aos 81 anos de idade, no Hospital São José, em São Paulo.

 
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