Gentile Maria Marchioro nasceu no estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Flores da Cunha, em 1º de janeiro de 1926.
Adotou o nome artístico de Maria Della Costa e começou no Rio de Janeiro como show girl no Cassino Copacabana. Em 1945, foi estudar arte dramática em Portugal. E na volta ao Brasil afirmou que e considerava o Teatro como o seu melhor espaço de trabalho. Era uma mulher muito bonita e se transformou em uma das nossas principais divas do teatro, do cinema e da TV.
Em 1946, ela estreou na peça “A Rainha Morta”, vivendo a personagem Inês de Castro, a rainha de Portugal. E a partir daí foi uma das mais atuantes atrizes dos nossos palcos, estrelando “A Mulher Sem Pecado”; “Desejo”; “O Anel Mágico”; “O Fundo do Poço”; “O Canto da Cotovia”; “Com a Pulga Atrás da Orelha”; “Ralé”; “Mirandolina”; “A Casa de Bernarda Alba”; “Rosa Tatuada”; “Moral em Concordata”; “A Alma Boa de Set-Tsuan”; “Gimba”; “Society em Baby Doll”; “O Marido Vai à Caça”; “Armadilha Para um Homem Só”; “Depois da Queda”; “Homens de Papel”; “Abra a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro e o Sol da Manhã”; “Bodas de Sangue”; “Tome Conta de Amélia”; “Motel Paradiso”; “Alice, Que Delícia”; “Temos Que Refazer a Casa” e “Típico Romântico”.
Ela integrou o grupo teatral Os Comediantes e depois o Grupo Os Artistas Unidos. Em 1954, ela fundou no Bairro da Bela Vista, na capital paulista, o Teatro Maria Della Costa. Foi casada com o cineasta, jornalista e produtor Fernando de Barros por três anos, e em 1948 se casou com o ator e produtor Sandro Polloni., com quem viveu até 1995, quando ele faleceu.
Maria Della Costa estreou na TV em 1952, no “Grande Teatro Tupi”, vivendo Rebeca no teleteatro “Rebeca, a Mulher Inesquecível”. Em 1961 estava no elenco do “Teleteatro Brastemp” na TV Excelsior. Em 1968, foi convidada para viver um dos principais papéis femininos da novela “Beto Rockfeller” na TV Tupi, onde viveu a rica e sofisticada Maitê. Em seguida, em 1970, foi a Teresa da novela “As Bruxas”, ainda na Tupi.
Foi contratada em 1976 pela TV Globo e viveu Olga na novela “Estúpido Cupido”, fazendo par romântico com o ator Leonardo Villar, e na mesma emissora, em 1978, esteve em “Te Contei?”. Ainda na Globo atuou em “Caso Verdade“; na novela “Sétimo Sentido” em 1982 e no seriado “Retrato de Mulher” em 1993, seu último trabalho na TV. Em 1990, ela fez uma participação especial na novela “Brasileiras e Brasileiros” no SBT.
No Cinema ela participou de 10 filmes, com destaque para “O Malandro e a Grã-Fina” em 1948; “Inocência” em 1949; “Moral em Concordata” em 1959; “Cristo de Lama” em 1968; “Como Ganhar na Loteria Sem Perder a Esportiva” em 1971 e “O Signo de Escorpião”, ao lado do marido Sansro Polloni, em 1974.
Depois que ficou viúva, ela passou a morar na cidade de Parati, no litoral fluminense, onde possuía um hotel.
Em 2002, recebeu a Ordem do Mérito Cultural, concedido pelo Ministério da Cultura.
Maria Della Costa faleceu em 24 de janeiro de 2015, aos 89 anos de idade, no Rio de Janeiro, de um edema pulmonar.
