MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


J. ANTÔNIO D´ÁVILLA


Seu nome era Jesuino Antônio. Nasceu em Pernambuco.Mas viveu pelo Brasil todo, pois trocou muitas vezes de estado e de emissora de rádio. Era essa sua paixão: o rádio. E ele, além de produtor e redator, foi diretor de programação de muitas. E também diretor artístico. Alto, magro, fazia-se notar por sua inteligência e brilho.

Seu apogeu, foi nas décadas de 40 e 50.

Em 1946 e 47 estava em São Paulo. Atuou nas Rádio Cruzeiro do Sul, depois Cultura, depois Tupi e Difusora, que eram as “ Emissoras Associadas”, de Assis Chateaubriand.

Foi nessa ocasião que Vida Alves o conheceu e foi ele quem a apresentou aos diretores das Associadas, quando ela fez teste para a Rádio Tupi, dirigida na época por Walter Forster, e para onde ela foi e ficou por muitos anos, pois a TV Tupi foi inaugurada em 1950 e a emissora fazia parte do grupo “ Associado”.

J. Antônio D’Ávila, porém, em meados de 1952, transferiu-se para o sul. Foi ser diretor artístico da Rádio Farroupilha, de Porto Alegre. Foi comentado o grande salário que lhe foi dado, que era de Cr$63 mil reis( o maior salário artístico de todo o estado) E ele conseguiu vários benesses a todos da emissora. De início procurou identificar as qualidades do elenco da PRH-2. Promoveu verdadeira revolução , em todos os sentidos. Procurou nacionalizar bastante a programação, que até então sofria influência argentina, dada a proximidade Fez a programação seguir mais o que estava sendo feito nas capitais de São Paulo e Rio, que ele conhecia bem. Faz horários de música, humorismo, novela. Tudo para cativar o público.

Ele também inaugurou em Porto Alegre o “ Auditório Associado”, como havia em São Paulo e Rio e que chamavam muita assistência. Eram “ espetáculos radiofônicos”, normalmente feitos aos domingos. Exemplos de programas que criou: “ Escola de Dona Rita”, “ Drama do Futebol”, “ Banca do Sapateiro”. Nos programas de estúdio fazia sucesso o: “ Dois Dedos de Prosa”, apresentado por Manoel Braga Gastal. Também fez sucesso o “ Pare a Música”, adaptado do americano: “” Stop The Music”. Em 1954, D’Ávila lançou o “ Calouros Coringa”, apresentado por Maurício Sobrinho. O programa ia ao ar á noite.

Em 1954, Jesuino, inconstante que era, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Mas no sul deixou uma emissora estruturada, modernizada, e com um faturamento médio de 1 milhão e meio. E o salário dele era de 52 mínimos mensais.

J. Antônio D’Ávila continuou sua vida criativa, inteligente, inconstante, tendo, porém, feito muito, pelas emissoras por onde passou.

Ele já é falecido e pranteado, por todos que o conheceram.

 
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