Ivan de Campos Albuquerque nasceu na cidade de Cuiabá, capital do Estado de Mato Grosso, em 21 de fevereiro de 1932.
Ele estudou na escola de teatro O Tablado, de Maria Clara Machado. Também formou-se como diretor na Fundação Brasileira de Teatro- FBT, em 1958. Seu companheiro de estudos e mais tarde de trabalhos foi o também ator Rubens Corrêa. Eles trabalharam juntos por trinta anos.
Em 1959, os dois juntos fundaram o Teatro do Rio, localizado no antigo Teatro São Jorge, que hoje se chama Teatro Cacilda Becker. Tempos depois, quem se juntou aos dois, foi a também atriz Leyla Ribeiro, esposa de Ivan de Albuquerque, que passou a administrar o teatro e a carreira do marido.
Como diretor, Ivan começou no palco do Teatro do Rio, com a peça “Oscar“, em 1959. Em 1960, dirigiu “O Prodígio do Mundo Ocidental”, e logo depois, “A Falecida“. Em 1961, dirigiu “O Círculo Vicioso” e em 1962, foi a vez de “Pigmaleoa“. Em 1963, foi “A Escada”, de Jorge Andrade, e em 1964, de “O Diário de Um Louco“. Em 1962, Ivan de Albuquerque ganhou todos os prêmios de direção pela peça “A Invasão“, de Dias Gomes.
Em 1964, Ivan e Rubens iniciaram a construção do Teatro Ipanema. O palco do teatro foi erguido onde antes era um depósito de cenários, no quintal da casa onde anteriormente Rubens morou. Ainda em 1964, Ivan transferiu-se para São Paulo, para trabalhar como ator no Teatro Oficina, sob direção de José Carlos Martinez Corrêa, na peça “Andorra“. Em 1968, o Teatro Ipanema teve sua sede nova inaugurada. Foi quando Ivan dirigiu “O Jardim das Cerejeiras”, e ganhou o prêmio Molière como Melhor Diretor. Em 1970, Ivan dirigiu “O Arquiteto e o Imperador da Assíria” e mais uma vez ganhou o Molière e o prêmio Governador do Estado de São Paulo.
Em 1971, Ivan trabalhou como ator, sob a direção de Rubens Corrêa, em “Hoje É Dia de Rock“. Mas aí veio uma fase de autoritarismo político e Ivan resolveu se recolher e não se apresentar mais. E essa fase de recolhimento durou até 1977, quando ele reapareceu no Teatro Ipanema e dirigiu “A Chave das Minas”, introduzindo na companhia o teatro ritualístico. Em 1981, Ivan dirigiu o sucesso “O Beijo da Mulher Aranha”, e ganhou o troféu Mambembe, como Melhor Diretor.
Ivan de Albuquerque atuou também no Cinema e na Televisão. Nas nossas telas apareceu em 1967, no clássico filme “Todas as Mulheres do Mundo” de Domingos de Oliveira, e depois em “O Trapalhão e a Luz Azul” ao lado de Renato Aragão e em “Orfeu” de Cacá Diegues em 1999.
Na Televisão ele estreou em 1967, na novela “Os Fantoches” na TV Excelsior e depois, a partir de 1980, fez os seriados “Plantão de Polícia” e “Amizade Colorida“, a novela “O Amor é Nosso” e a minissérie “O Tempo e o Vento”, na TV Globo. Em 1987, ele foi para a TV Manchete e atuou na novela “Helena”, voltando para a Rede Globo em 1988, para fazer a novela “Vale Tudo” e as minisséries “Abolição”; “República”; “Desejo” e “O Portador“. Em 1991, retornou para a TV Manchete e fez a novela “Amazônia“. Dois anos depois, novamente na TV Globo, ele atuou nas novelas “Fera Ferida”; “Explode Coração” e “Zazá“.
Ivan de Albuquerque morreu em 28 de outubro de 2001, na cidade do Rio de Janeiro, de câncer, aos 69 anos de idade.