Ilema de Castro tinha como nome verdadeiro Amália Callarino B. Bavagnani. Ela nasceu em 15 de dezembro de 1903, na cidade de Araras, interior de São Paulo.
Trabalhou desde cedo e teve profissão modesta: foi tecelã, mas inteligente que era, logo passou a revisora. Seu desejo, porém, era ser atriz. E em 30 de março de 1937, dirigiu-se à Rádio Bandeirantes e conseguiu um cargo de radioatriz. De lá passou para as rádios Cosmos, Panamericana, São Paulo , Excelsior, Piratininga. Depois foi novamente para a Rádio Bandeirantes. Tinha um bom salário, pois era uma ótima atriz. Ganhava CR$ 400.00, que era bom dinheiro para a época.
Um tempo, porém, em que as coisas andavam difíceis, Ilema de Castro, que tinha um rosto sereno, um corpo grande e um visual bondoso, chamou Vida Alves, garota na época, de mais ou menos 16 anos, e ambas foram “correr praça”, como dizia Ilema de Castro, para conseguirem anunciantes, para uma revistinha feminina, com receitas culinárias de Ilema, dicas de moda, etc, que elas iriam montar e vender. Embora não tenha durado muito tempo, a coisa deu certo e elas conseguiram, entre outros, o apoio comercial das “Lojas Triumphal”, que ficava na Rua de São Bento, bem perto da Rádio Panamericana, hoje Jovem Pan, onde ambas trabalhavam. Não ganharam muito dinheiro. Mas ganharam uma experiência…
No teatro Ilema esteve “Moral em Concordata”, “A Casa de Bernarda Alba”, “A Alma Boa de Setsuam” , “Gimba”, “As Feiticeiras de Salem” e “Almas Mortas”.
Ela também trabalhou no cinema, onde estreou em 1951 no filme “Suzana e o Presidente”. Depois participou de “Moral em Concordata” e “O Vendedor de Linguiças” ao lado de Mazzaropi, em 1962.
Na televisão Ilena fez pequenos papéis no “TV de Vanguarda”, na Tupi e esteve na novela “O Mestiço”, em 1965, também na TV Tupi, ao lado de Vida Alves e Lima Duarte, entre outros.
Faleceu em São Paulo, no ano de 1984.
por Vida Alves / revisado em 20-11-2017 / M.A.Z.
