MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


HEBE CAMARGO


Hebe Maria Monteiro de Camargo nasceu na cidade de Taubaté, interior de São Paulo, em 08 de março de 1929.

Iniciou cedo sua carreira como cantora. Atuou em várias emissoras das Associadas, em diversas capitais do Brasil. Seu pai, Fego Camargo era músico, sua mãe, dona Esterzinha, também era ligada à música. O primeiro trabalho de Hebe foi ao lado de sua irmã Estela e das primas Helena e Maria, que formaram o quarteto Dó-Ré-Mi-Fá, que se apresentava no programa “Clube do Papai Noel”.

Depois ela e a irmã Estela formaram uma dupla sertaneja que se chamava Rosalinda e Florisbela. Elas cantavam na Rádio Tupi e na Rádio Difusora de São Paulo. Aí veio o primeiro contrato como cantora-solo, na Rádio Difusora de São Paulo, em 1949. Ela era chamada de “A Estrelinha do Samba”.

Quando veio a TV Tupi, em 1950, Hebe foi logo escalada, pois era bonita e boa cantora. Fez, ao lado do cantor Ivon Cury, uma filmagem interpretando uma música brejeira da época. Esse “clip”, que é claro naquele tempo não tinha esse nome, foi muitas vezes apresentado, quando se quer mostrar o começo da Televisão Tupi. Mas Hebe Camargo acompanhou o”chefe” Dermival Costalima, logo no início de 1952, que se transferiu para a Rádio Nacional e depois para a TV Paulista.

O grupo que acompanhou Costalima era grande e entre eles Walter Forster. Aí começou a carreira de Hebe como apresentadora. Entre os programas que apresentava, destacou-se “O Mundo é das Mulheres”, em 1955, organizado por Forster, que já era diretor de programas, desde a TV Tupi. Nascia então a “Estrela de São Paulo”.

Seu jeito alegre de ser, encantava a todos. Começou a receber em seus programas as maiores personalidades do Brasil e do exterior. Em 1959, ela deixou a TV Tupi e foi para a TV Continental, onde apresentou por três anos, o “Programa Hebe Comanda o Espetáculo”. Nessa época, dizia-se que: “Não passou pelo sofá da Hebe, não existiu”.

Esteve também na TV Record, a partir de 1966, com o programa dominical “Hebe”; na Rádio Mulher, onde fazia um programa matinal; participou da novela “As Pupilas do Senhor Reitor”, em 1970, na TV Record, e em 1973 foi para a TV Tupi, onde ficou por dois anos. E em 1979, aceitou o convite da TV Bandeirantes para apresentar o seu “Programa Hebe” nos domingos à noite, e no ano seguinte no horário nobre das segundas-feiras.

Passou ainda pela Rádio Capital, fazendo o programa direto de sua residência, onde montou um estúdio; pela Rádio Nativa, e pelo SBT, onde ela estreou em 04 de março de 1986, e nessa emissora chegou a ter três programas diferentes: “Hebe”, exibido as segundas-feiras de 1986 a 2010; “Hebe Por Elas” de 1991 a 1993 e “Fora do Ar“, de 2005 a 2006. Ela deixou a emissora de Silvio Santos em 2010.

Também gravou muitos discos como cantora e participou de um especial na TV Globo que foi “Elas Cantam Roberto Carlos”. Em 20o1 lançou o álbum “Hebe Camargo & Convidados“, e em 2010, gravou seu primeiro DVD ao vivo, intitulado “Hebe Mulher e Amigos”.

Ela conseguiu todos os prêmios, troféus e honrarias da TV brasileira, como Roquette Pinto, Troféu Imprensa, APCA e o Troféu Mário Lago, quase sempre como apresentadora ou de melhor programa de variedades ou de entrevistas.

No Cinema ela atuou em “Quase no Céu” em 1949; “Liana, a Pecadora” em 1951; “Zé do Periquito” em 1960; “Coisa de Mulher” em 2005 e “Xuxa e o Mistério da Feiurinha” em 2009.

O primeiro casamento de Hebe foi com Décio Capuano, com quem teve o filho Marcelo, de 1964 a 1971. O segundo foi com o empresário Lélio Ravagnani, de 1973 a 2000, quando ficou viúva.

No final de 2010, após 25 anos no SBT, deixou a emissora e assinou com a Rede TV!, onde apresentou o “Hebe”, nas noites de terça-feira, até setembro de 2012.

Ela descobriu um câncer em 2011, e na sua passagem pela Rede TV!, ela enfrentou diversos períodos afastadas da telinha, em tratamento. No final de setembro de 2012, rescindiu contrato com a Rede TV! e, poucos dias depois, acertou seu retorno ao SBT.

Hebe Camargo faleceu em 29 de setembro de 2012, após sofrer uma parada cardíaca em sua casa, no bairro do Morumby, na capital paulista, aos 83 anos de idade. Depois de sua morte, o seu nome foi dado para uma avenida na Vila Andrade, na Zona Sul da capital paulista, e outra para uma rua na cidade de Mogi das Cruzes.

 
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