MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


GLAUBER ROCHA


Seu nome completo era Glauber de Andrade Rocha. Ele nasceu em Vitória de Conquista, na Bahia, em 14 de março de 1939. E faleceu no Rio de Janeiro, em 22 de agosto de 1982. Foi cineasta, além de ator e escritor.

Sua vida:

Ele era filho de Adamastor Bráulio Silva Rocha e de Lúcia Mendes de Andrade Rocha. A cidade Vitória da Conquista, onde Glauber nasceu, fica no sudoeste da Bahia. Ele foi criado na religião da mãe, o protestantismo, da Igreja Presbiteriana, por ação dos missionários americanos da Missão Brasil Central. Mais tarde, já adulto, casou-se com Helena, católica e adotou essa religião, passando a escolher o nome Pedro.

Foi alfabetizado pela mãe, e depois estudou no “Colégio do Padre Palmeira”,dirigida pelo padre José Luiz Soares Palmeira, de Catité, que era o principal núcleo cultural do interior da Bahia.

Em 1947, mudou-se com a família para Salvador,a capital. Foi estudar no Colégio “2 de Julho”, da “ Missão Presbiteriana”.Foi aí que escreveu e atuou em uma peça teatral e começou a desenvolver seu talento artístico.

Participou de programas de rádio, de teatro e de cinema. Todos amadores. E de movimento estudantil.

Fez, em 1959, seu 1º filme, chamado:”Pátio”, e também entrou na Universidade Federal da Bahia, na Faculdade de Direito. Na Faculdade ele ficou de 1959 a 1962, quando abandonou os estudos. Fez então trabalhos em jornais escritos, mostrando logo sua paixão pelo cinema. Namorou a colega Helena, com quem se casou.

Ele era agitado,pouco definido, quanto a profissão, mas pendendo sempre mais por cinema.Era considerado pela ditadura, que se instalou em 1964, como um subversivo. Fez uso de maconha, que, segundo Glauber, foi introduzida no Brasil pela CIA, como parte de seus trabalhos, para mal conduzir a juventude brasileira( registra Zuenir Ventura, em seu livro: “1968 -O Ano Que Não Terminou”).

Em 1971, Glauber partiu para o exílio e ficou morando no exterior. Voltou, quando da morte da irmã, a atriz Anecy Rocha, em 1977, que estava com 34 anos e caiu em um fosso de elevador. Antes, outra irmã faleceu menina, aos onze anos, de leucemia

Glauber morou vários anos m Portugal, em Sintra. Lá, anos depois da irmã Anecy, adoeceu e ficou internado em um hospital de Lisboa.Depois foi transferido para o Rio, ficou na “ Clinica Bambina”, por 18 dias, e veio a falecer de septicemia, de choque bacteriano e broncopneumonia.

Faleceu em 22 de agosto de 1981. Estava com apenas 42 anos.

Sua carreira:

Realizou vários curta-metragens, antes de fazer o longa: “ Barraventos”, em 1962. Fundou uma produtora cinematográfica. Em 1963, dirigiu: “ Deus e o Diabo na Terra do Sol”, e foi logo considerado o melhor cineasta brasileiro.

Em 1967, dirigiu: “ Terra em Transe”, Depois: “ O Dragão da Maldade, Contra o Santo Guerreiro”, em 1969. Esses três filmes mostram o estilo “ Glauber”,nos quais há uma crítica social feroz e completamente contrário ao estilo americano de filmar.

Criou-se então o Cinema Novo, compartilhado com outros cineastas, além de Glauber.( Influenciado pela movimento francês: “Nouvelle vague” e pelo “ Neorrealismo italiano”)

Disse Ferreira Goular: “ Glauber consumiu-se em seu próprio fogo”.

Prêmios:

Com “ Barravento”, em 1964, Glauber ganhou o “ Festival de Cinema de Karkovy Vary “, na Tchecoslováquia. Em 1965, com “ Deus e o Diabo na Terra do Sol”, conquistou o “ Grande Festival de Cinema Livre da Itália” e o “ Prêmio da Crítica do Festival Internacional de Cinema de Acapulco”.Com: “ Terra Em Transe”, ganhou o “ Prêmio de Melhor Filme do Festival de Cannes”; o “ Prêmio Luís Buñuel” da Espanha; o “ Prêmio Melhor Filme do Locarno Internacional Film Festival”,o “ Golfinho de Ouro”, do Rio de Janeiro. Com : “ O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro”, ganhou o “ Prêmio de Melhor Direção, no Festival de Cannes”, e o “ Prêmio Luis Buñuel “, da Espanha.

 
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