MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


FERNANDO TORRES


Fernando Monteiro Torres nasceu na cidade de Guaçuí, no Espirito Santo, em 14 de novembro de 1927.

Ele era formado em Medicina, mas, desde cedo, sua grande paixão foi o teatro. Iniciou sua carreira de ator aos 22 anos, com a peça “A Dama da Madrugada”, atuando em seguida em “Alegres Canções na Montanha”; “A Amiga da Pnça” e “Também os Deuses Amam”.

Em 1951, ingressou na companhia teatral de Eva Todor, e em 1954, veio para São Paulo contratado  por Maria Della Costa, onde atuou em “O Canto da Cotovia”, de Jean Anouilh. Também foi assistente de direção de Gianni Ratto em “Com a Pulga Atrás da Orelha” e em “A Moratória” de Jorge Andrade. Como diretor, sua primeira montagem foi “Quartos Separados”, em 1958, com o Teatro Brasileiro de Comédia.

A partir de 1966, com o término do Teatro dos Sete, dirigiu uma seqüência de espetáculos, com sucessos de público e crítica. Dirigiu “A Mulher de Todos Nós”; “O Homem do Princípio ao Fim”; “A Volta ao Lar” ; “Marta Saré” e “O Inimigo do Povo”. Em 1970, voltou a atuar nos palcos em “O Interrogatório”; “A Longa Noite de Cristal” e “Computa, Computador, Computa”, entre outras.

Em 1973, o casal Fernanda Montenegro e Fernando Torres sofreu um prejuízo astronômico ao ser proibido pela Censura de levar à cena” Calabar”, texto de Chico Buarque e Ruy Guerra, montagem que já se encontrava em fase de ensaios gerais. No mesmo ano, Fernando recebeu o Prêmio Governador do Estado da Guanabara pela direção de “O Amante de Madame Vidal”, de Louis Verneuil. No ano seguinte ele atuou em” Seria Cômico … Se Não Fosse Sério”, de Dürrenmatt, quando recebeu o Prêmio da Crítica Teatral da Cidade de São Paulo como melhor ator. Fez ainda “A Mais Sólida Mansão” ; ” É”... de Millôr Fernandes; “Assunto de Família”  de Domingos de Oliveira; “Fedra” de Jean Racine e “Rei Lear”.

Produziu, na década de 1980, os espetáculos de Fernanda Montenegro: “Dona Doida, Um Interlúdio” de Adélia Prado, e “Suburbano Coração”, texto e direção de Naum Alves de Souza.

No Cinema, Fernando Torres se destacou a partir de 1966, quando atuou em “Engraçadinha Depois dos Trinta”, de J. B. Tanko; “A Grande Parada”; “A Penúltima Donzela”; “Golias Contra o Homem das Bolinhas”; “Eu Transo, Ela Transa”; “Os Inconfidentes”, de Joaquim Pedro de Andrade; “O Descarte”; “Marília e Marina”;  “Tudo Bem “, de Arnaldo Jabor; “Inocência”; “O Beijo da Mulher Aranha” de Hector Babenco;  Veja Esta Canção”, de Cacá Diegues; ” A Ostra e o Vento” de Wálter Lima Junior e “Ação Entre Amigos” de Beto Brant.

Fernando trabalhou também em Televisão, onde estreou em 1957, no “Grande Teatro Tupi”,  realizando depois o “Teatrinho Trol” e o “Grande Teatro Murray” na TV Rio. A primeira novela foi “O Desconhecido” em 1964, na TV Rio e depois no mesmo ano esteve em “Sonho de Amor” também na TV Rio.

Foi para a TV Excelsior em 1969, participar do elenco da novela “Dez Vidas” e em 1970, já estava na TV Tupi, onde atuou em “A Gordinha” e “Simplesmente Maria”. Dirigiu na TV Globo a novela “Minha Doce Namorada”, em 1971, e como ator voltaria as novelas em 1981 para fazer o personagem Plinio Miranda em “Baila Comigo”, ao lado de Lilian Lemmertz. Também marcou presença em “Terras do Sem Fim”; “Sétimo Sentido”; “Louco Amor”; “Amor Com Amor Se Paga”; “Zazá” e “Laços de Família”, todas essas novelas na Rede Globo de Televisão .

Fernando Torres foi casado com a atriz Fernanda Montenegro por 55 anos, e eles tiveram dois filhos: a atriz Fernanda Torres e o cineasta Cláudio Torres.

O ator faleceu em 04 de setembro de 2008, aos 80 anos de idade, em sua casa, na cidade do Rio de Janeiro, vítima de um enfisema pulmonar.

Em sua homenagem, o teatro municipal da sua cidade natal, no Espírito Santo, leva o nome de Fernando Torres, o mesmo acontecendo na capital paulista em um teatro localizado no Bairro do Tatuapé. 

 
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