Filha de pai alemão (Otto Riefle Jr.) e mãe argentina (Luiza Carp Riefle), Eva Wilma nasceu em São Paulo, capital, em 14 de dezembro de 1933. Estudou em boas escolas e seus pais lhe proporcionaram também boa educação artística, com aulas de piano, violão, canto e ballet clássico. Na juventude passou a dedicar-se mais ao ballet clássico, com o “São Paulo Ballet de Maria Oleneva”. Teve então a oportunidade de se apresentar, como bailarina, em todos os teatros municipais da costa brasileira, de Manaus até São Paulo. Costuma dizer que foi a partir daquela turnê que se apaixonou pelo teatro.
Tanto que em 1953, ano em que participava dos ensaios para o “Ballet do IV Centenário de São Paulo”, decidiu abandoná-lo e aceitar o convite para integrar como atriz o elenco do 1º teatro de arena da América Latina, fundado pelo diretor José Renato. Era uma forma de teatro inovadora. O Grupo se apresentava no Museu de Arte Moderna, em fábricas, etc… Em 1954, com o sucesso da peça “Uma Mulher e Três Palhaços”, o Grupo chegou a apresentar-se no Rio de Janeiro, no Palácio do Catete, para o então Presidente da República, Café Filho, e com a repercussão desse espetáculo, puderam se estabelecer numa sede própria: O “Teatro de Arena” tal como existe até hoje. Nos anos 2000, administrado pela Funarte (Fundação Nacional de Artes), e atualmente chamado “Teatro Funarte de Arena Eugenio Kusnet”.
Com extensa carreira teatral, dentre os mais de 30 espetáculos podemos destacar sucessos como:
“Lição de Botânica” de Machado de Assis
“O Demorado Adeus” de Tennesse Williams
“O Santo Inquérito” de Dias Gomes
“Black-Out” de Frederick Knott (quando interpretou, com direção de Antunes Filho, uma personagem cega, e foi indicada para todos os prêmios de melhor atriz do ano, em São Paulo e no Rio de Janeiro).
“A Megera Domada” de Shakespeare
“As Feiticeiras de Salem” e o “Preço” de Arthur Miller
“Um Bonde Chamado Desejo” de Tennesse Williams
“Esperando Godot” de Samuel Becket
“Querida Mamãe” de Maria Adelaide Amaral (espetáculo com o qual recebeu os prêmios de melhor atriz do ano tanto no Rio de Janeiro como em São Paulo).
Participou de mais de 20 filmes, entre os quais destacam-se:
“Cidade Ameaçada” de Roberto Farias
“A Ilha” de Walter Hugo Khoury
“Feliz Ano Velho” de Roberto Gervitz
E o clássico “São Paulo Sociedade Anônima” de Luis Sergio Person
Mas foi com os seus trabalhos na televisão que se tornou conhecida no país inteiro. A convite do 1º diretor artístico de televisão na América Latina, Cassiano Gabus Mendes, em 1953 (três anos após a inauguração da Tv Tupi), participou inicialmente do seriado “Alô Doçura”, escrito e dirigido pelo próprio Cassiano. Seriado de grande sucesso, tendo permanecido no ar por cerca de 10 anos. Participou também de vários “tele-teatros” ao vivo na Tv Tupi e na Tv Cultura.
A partir da chegada ao Brasil do vídeo-tape, teve participação importante em muitos seriados e tele-novelas. Vale lembrar de “Meu Pé de Laranja Lima”, “A Viagem” e “Mulheres de Areia”, todas de autoria de Ivani Ribeiro. Em “Mulheres de Areia” interpretou duas personagens, as gêmeas Ruth e Raquel. Trabalho com o qual obteve grande sucesso.
Das mais de 30 novelas e especiais dos quais participou podemos destacar ainda a novela “Plumas e Paetês” de Cassiano Gabus Mendes
“Ciranda de Pedra” de Lygia Fagundes Telles
“Roda de Fogo” de Lauro César Muniz,
“Pátria Minha” de Gilberto Braga
“O Rei do Gado” de Benedito Rui Barbosa
“A Indomada” de Aguinaldo Silva
“Esperança” de Benedito Rui Barbosa
O seriado “Mulher”, grande sucesso exibido durante dois anos e mini-série “Os Mais” de Maria Adelaide Amaral.
Casou-se em 1955 com o ator John Herbert com quem teve dois filhos: Vivien Patrícia Buckup e Johnnie Herbert Buckup Jr., e de quem se divorciou em 1978.
Em 1980 casou-se novamente com o engenheiro e ator Carlos Zara, falecido em 11 de dezembro de 2002.
Recentemente, esteve em duas novelas da TV Globo, em papéis de destaque: “Araguaia” (2010) e “Fina Estampa (2011).
Mais informações sobre a vida e carreira da atriz no site: www.evaw.com.br
