MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


EDUARDO COUTINHO


Eduardo de Oliveira Coutinho nasceu em São Paulo, em 11 de maio de 1933.

Considerado um dos mais importantes documentaristas brasileiros, Eduardo Coutinho estudou no Colégio São Luis e depois cursou Direito, em São Paulo, mas não chegou a concluir o curso na Universidade de São Paulo (USP).

Em 1954, teve seu primeiro contato com o cinema em um seminário promovido pelo MASP.  Nessa época também trabalhou como revisor na revista “Visão“, onde ficou até 1957.

Em 1957, ele dirigiu a peça infantil “Pluft, o Fantasminha”, escrita por Maria Clara machado.

Ganhou um concurso de televisão, respondendo perguntas sobre o grande ator e diretor Charles Chaplin, e com esse dinheiro foi para a França estudar direção e montagem, no IDHEC.

Eduardo Coutinho voltou ao Brasil, em 1960, ligou-se ao Centro Popular de Cultura da UNE- União Nacional de Estudantes e trabalhou então na peça “Mutirão em Nosso Sol“. Se tornou gerente de produção do primeiro filme produzido pelo CPC, o longa- metragem “Cinco Vezes Favela“.

Depois disso começou a trabalhar um projeto de ficção, baseado em fatos reais, que foi o assassinato do líder das Ligas Camponesas João Pedro Teixeira, a ser interpretado pelos próprios camponeses do Engenho Cananéia, no interior de Pernambuco. A viúva de João Pedro, Elizabeth Teixeira, faria o próprio personagem. O filme era “Cabra Marcado Para Morrer”, que chegou a ter duas semanas de filmagens, mas veio o Golpe Militar de 1964, quando parte da equipe foi presa e a outra parte se dispersou, e a realização do filme foi interrompida, só voltando na década de 1980.

Em 1966, constituiu com Leon Hirszman e Marcos Faria, a produtora Saga Filmes, e em seguida dirigiu o longa “O ABC do Amor”. Em 1968, fez “O Homem que Comprou o Mundo” com Flávio Migliaccio e em 1970, o filme de cangaço, “Faustão“.

A partir de 1976, produziu e dirigiu vários documentários, muitos deles premiados no Brasil e no exterior. Fez “O Pistoleiro da Serra Talhada”; “Seis Dias em Ouricuri”; “Teodorico, Imperador do Sertão”; “Exu, uma Tragédia Sangrenta”; “Portinari, o Menino de Brodosqui”; “Cabra Marcado para Morrer”: “Santa Marta- Duas Semanas no Morro”; “Volta Redonda, o Memorial da Greve”: “O Jogo da Dívida”; “O Fio da Memória”; “A Lei e a Vida”; “Boca do Lixo”; “Os Romeiros do Padre Cícero”; “Santo Forte”; “Babilônia-2000”; “Edifício Master”; “Peões”; “O Fim e o Princípio”; “Jogo de Cena”; “Moscou” e em 2011, “As Canções”, seu último trabalho.

Eduardo Coutinho fez parte da equipe de produtores e documentaristas da Rede Globo, responsáveis pelo programa “Globo Repórter”. Mas com o sucesso do filme “Cabra Marcado Para Morrer”, Eduardo Coutinho deixou a Rede Globo e passou a se dedicar só ao cinema.

Ele também escreveu roteiros para séries documentais da TV Manchete e da Rede Globo.

Eduardo Coutinho faleceu em 2 de fevereiro de 2014, aos 80 anos, vítima de uma morte trágica: foi assassinado em seu apartamento no Rio de Janeiro, pelo próprio filho, que era esquizofrênico.

 
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