MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


DIB LUTFI


Dib Lutfi nasceu na paulista cidade de Marília, em 22 de setembro de 1936.

Filho de Abdalla Lutfi e de Maria Lutfi e irmão mais novo de João Lutfi, que anos depois se consagraria na música com o nome artístico de Sérgio Ricardo.

Incentivado pelo irmão, Dib ingressou na nascente TV Rio em 1957, aprovado no curso do Departamento Técnico do canal 13 carioca. Já efetivado como câmera man, trabalhou em históricos programas da emissora como “Preto no Branco”, ao lado de Oswaldo Sargentelli, Fernando Barbosa Lima e Flávio Cavalcante e em “Noite de Gala”.

Seu primeiro contato com o cinema, e com grandes nomes do nascente Cinema Novo, foi em um seminário promovido pelo Itamaraty em 1962 com o sueco Arne Sucksdorff, com quem trabalhou depois como assistente de câmera no filme “Fábula – Minha Casa em Copacabana” Mas seu inicio como cinegrafista foi com “O Menino da Calça Branca”, de 1963, um curta de seu irmão Sérgio Ricardo.

Dib trilhou uma longa carreira no cinema. Trabalhou com diretores como Nelson Pereira dos Santos em “Fome de Amor” e “Azyllo Muito Louco”; com Arnaldo Jabor em “Opinião Pública”, “O Casamento” e “Tudo Bem” e com Ruy Guerra em “Os Deuses e os Mortos”.

Sua habilidade com a câmera na mão chamou a atenção de Glauber Rocha, que o convidou para trabalhar em “Terra em Transe” . Com trilha sonora assinada por seu irmão compositor, Dib se tornou um símbolo da máxima “uma ideia na cabeça, uma câmera na mão”.

Trabalhou ainda em “ABC do Amor”, “Edu, Coração de Ouro”, “Feminices”,   “Carreiras”, “Os Herdeiros”, “Quando o Carnaval Chegar”, “Joanna Francesa”, “Como era Gostoso o Meu Francês”, “A Lira do Delírio”, “Pra Frente, Brasil”, “Harmada”, “Vida e Obra de Ramiro Miguez” e “500 Almas”.

Foi seis vezes premiado no Festival de Brasília e quatro vezes pelo Instituto Nacional de Cinema. Em 2002, recebeu o Prêmio ABC de Cinematografia pelo conjunto da sua obra.

Na sua trajetória pela TV, Dib Lutfi trabalhou também na Rede Globo, na equipe do “Globo Repórter”, no final da década de 1970. Depois foi contratado pela TV Manchete. Nos anos 1990, trabalhou na TVE do Rio de Janeiro, onde fez trabalhos como o especial em homenagem a Humberto Mauro, no programa “Caderno 2”, exibido em 30 de abril de 1997, dia do centenário do grande cineasta brasileiro.

Seu derradeiro trabalho no cinema foi em 2011, no filme “Profana”.

Dib Lufti faleceu em 26 de outubro de 2016, aos 80 anos, no Rio de Janeiro. Estava morando no Retiro dos Artistas.

 

 

 
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