MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


CAZUZA


O nome completo do cantor Cazuza é Agenor de Miranda Araújo Neto. Ele nasceu na cidade do Rio de Janeiro,em 4 de abril de 1958. Ele era filho do produtor fonográfico João Araújo e de dona Lucinha Araújo.Mesmo antes do nascimento, recebeu o apelido de Cazuza, nome pelo qual respondia. Demorou anos para se conformar com Agenor, que era o mesmo nome de seu avô paterno. E na escola só respondia, quando a professora chamava : Cazuza. Ele sempre teve contato com a música e foi influenciado por grandes nomes do cenário musical. Tinha preferência por canções sentimentais, dramáticas, como as de Cartola, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Noel Rosa, Maysa, Dalva de Oliveira. Mas, devido à profissão do pai, convivia com Elis Regina, Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso, entre outros.

Cazuza cresceu no bairro do Leblon, estudou no Colégio Santo Inácio, depois Colégio Anglo- Americano. Aos 15 anos, começou a escrever poemas, que mostrava para Alice, avó materna. Por incentivo do pai, que lhe prometeu um carro, caso ele entrasse no vestibular, Cazuza entrou na Faculdade de Comunicação, que só frequentou por duas semanas. O pai, aborrecido,o colocou para trabalhar na gravadora Som Livre, onde ele era presidente. O garoto trabalhou na assessoria de imprensa e começou a gostar do ambiente, pois escrevia releases dos cantores, foi fazendo amigos e achando o seu caminho.

Em 1979, fez curso de fotografia na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, e tomou conhecimento dos “poetas malditos”, da Geração Beat, que grande influência tiveram na sua produção musical futura.Foi então convidado por Léo Jaime para participar de um grupo musical de garagem, que se reunia no bairro carioca de Rio Vermelho,de onde nasceu o ” Barão Vermelho”.

No ” Barão Vermelho” estavam: Roberto Frejat, Dé Palmeira, Maurício Barros. Guto Golfi. Cazuza passou então a compor, ao lado de Frejat e a ser vocalista do grupo. Guto Graça Mello,diretor musical da ” Som Livre”, após ouvir uma fita-demo do grupo, conseguiu convencer o relutante João Araújo, presidente da empresa, a investir no ” Barão Vermelho” . E em 1982, numa gravação barata, realizada em apenas dois dias, foi lançado o 1º álbum do grupo.Desse álbum destacam-se as músicas: ” Bilhetinho Azul”, ” Todo Amor Que Houver Nesta Vida”. O disco vendeu apenas 7.000 cópias.

Em 1983, o grupo lançou o ” Barão Vermelho 2″, que vendeu 15.000 cópias. Foi nessa época que Caetano Veloso, em um show no ” Canecão”, apontou Cazuza como o poeta de sua geração e criticou as emissoras de rádio por não tocarem suas músicas. E , pouco depois, Ney Matogrosso gravou do grupo: ” Pro Dia Nascer Feliz”. Foi o empurrão que faltava.

A banda foi convidada para gravar o tema do filme, dirigido por Lael Rodrigues:” Bete Balanço”. Veio o sucesso total. Sucesso de bilheteria, e de crítica. E sucesso musical. O 3º disco do ” Barão” foi: ” Maior Abandonado”. Em 1985, o ” Barão Vermelho” participou do ” Rock in Rio”, onde o grupo cantou: ” Pro Dia Nascer Feliz”. Foi um momento apoteótico.

Em agosto de 85, Cazuza foi internado com pneumonia. Quis fazer teste de HIV, mas este deu negativo.

Em novembro do mesmo ano, Cazuza lançou seu primeiro disco-solo: ” Exagerado”, que foi enorme sucesso e marca registrada do cantor. Nesse disco há também a música: ” Codinome Beija- Flor” e a canção: ” Só As Mães São Felizes”, que foi vetada pela censura. Em 1987, Cazuza gravou com a ” Polygram”: ” Só Se For A Dois”, ” O Nosso Amor A Gente Inventa”, ” Solidão Que Nada” e ” Ritual”.

Em 1987, Cazuza novamente foi internado, com pneumonia. Dessa vez o teste de Aids dá positivo.

Os pais o levam aos Estados Unidos, e ele é submetido a tratamento à base de AZT, por dois meses, no New England Hospital.

Em 1988, Cazuza grava, no Brasil: ” Ideologia” , ” Brasil” e ” Faz Parte do Meu Show”. O cantor faz shows por todo o Brasil e suas músicas são tema de novelas da Rede Globo. O maior sucesso é: ” O Tempo Não Para”

Em fevereiro de 89, Cazuza declarou de público que está com AIDS. Compareceu na cerimônia do ” Prêmio Sharp”, em cadeira de rodas. Seu último disco: ” Burguesia” vendeu 250 mil cópias.

Novamente foi aos Estados Unidos, e ficou num hospital em Boston. Voltou em 1990.

Cazuza morreu em 7 de julho de 1990. Ele foi enterrado no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.

Os pais de Cazuza fundam então a ” Sociedade Viva Cazuza”, para acolher crianças soropositivas. A mãe, dona Lucinha, que em jovem também foi cantora, lançou o livro: ” Só As Mães São Felizes”.

Em 2004, foi lançado o filme biográfico: ” Cazuza- O Tempo Não Para”.

 
Apoio
ABCD Nossa Casa
ABCcom
ABERT
ABTU
ACESP
Apodec
Centro Universitário Belas Artes
BRAVI
Coleção Marcelo Del Cima
Comunique-se
Fórum SBTVD
Grupo Observatório
Gugu Vive
IBEPEC
Kantar Ibope Media
O Fuxico
Radioficina
RITU
SET
Sindicato dos Radialistas de São Paulo
TUB
TudoRádio
Universidade Anhembi Morumbi
APJ
UBI
Vela – Escola de Comunicação