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BIA LESSA


O nome civil da diretora de teatro Bia Lessa é Beatriz Ferreira Lessa que nasceu na capital paulista, em 10-06-1958. Ela também já fez várias atuações como atriz, que foi sua primeira opção.

Bia Lessa estudou teatro no ” O Tablado”, de Maria Clara Machado., aos 15 anos. E estreou como atriz, sob a direção de Wolf Maia, na peça: ” Marroquinhas Fru-Fru”. Logo a seguir, porém, ao lado de Daniel Dantas e Gilda Guilhon, Bia montou o núcleo teatral: ” A Carranca”. Era um núcleo de rua e eles montaram: ” Rocinha Zona do Agrião” e ” Seu Criado Matti”. Depois Bia Lessa , em 1981, mudou-se para São Paulo e fez: ” O Eterno Retorno ” e Macunaíma”, dirigida por Antunes Filho, que ficou 2 anos em cartaz.

Em 1983, voltou novamente ao Rio de Janeiro, e já fez sua primeira direção, que foi: ” A Terra dos Meninos Pelados”, adaptação da obra de Graciliano Ramos. Isso foi um acontecimento do teatro infantil. A seguir, Bia iniciou uma pesquisa vinculada ao teatro Sesc da Tijuca, onde ficou por quatro anos, fazendo ensaios, pesquisas e oficinas. Encaixou a palavra: “Ensaio” a esses trabalhos. O Ensaio nº 1, aconteceu em 1984, e foi com o texto: “A Tragédia Brasileira”. O Ensaio nº 2 foi: ” O Pintor” em 1985, adaptação do livro: ” Sete Cartas e Dois Sonhos”. O Ensaio nº 3, aconteceu no espetáculo de formatura do CAL- Casa de Artes de Laranjeiras. E foi o: ” Idéias e Realizações- Um Musical de Gestos”. Esse Ensaio lhe valeu o Prêmio Molière, de Melhor Direção. Em seguida , ela repetiu o Ensaio nº 1, fazendo uma fantasia poética sobre a existência humana, em um espetáculo sem texto, sendo uma partitura de ações de um grupo de atores. Havia uma chuva de papel picado e caixas de papelão, como agentes principais da ação. O Ensaio nº 4, foi: ” Os Possessos”, incursão sobre a obra de Dostoivsky. Pela primeira vez, Bia Lessa chamou atores experientes para trabalhar com ela, mas procurou imprimir um estilo novo de interpretação.

Em 1989, Bia realizou: ” Cena de Origem”, de Haroldo de Campos, com a atriz Giulia Gam, contracenando com pássaros de origami. No mesmo ano encenou: ” Orlando”, de Virgínia Wolf, com a atriz Fernanda Torres. A partir daí, participou de vários festivais internacionais, representando o Brasil. Em 1990, encenou: ” Suor Angélica”, ópera de Giacomo Puccini, e colocou pétalas de flores, que brotam dos nichos. Em 1991, fez: “Cartas Portuguesas”, de Mariana Alcoforado, com Luciana Braga e Carla Camurat, num cenário de águas e plantas. E depois veio: ” Viagem ao Centro da Terra”, de Julio Verne. Em 1994: ” O Homem Sem Qualidades”. Depois: ” Futebol”, que foi apresentado no Teatro Popular do Sesi. Em 1998, encenou: ” As Três Irmãs”, de Tchecov, com Renata Sorrah. Em 2002, levou no palco uma adaptação do filme: ” Casa de Bonecas”, inspirado no livro de Ibsen.

A partir de 1990, Bia Lessa foi se tornando artista múltipla. Trabalha em cinema, realiza curadorias e cenografias para eventos, e para museus.

Realizou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro as óperas “Pagliacci” e “Cavaleria Rusticana”, tendo antes apresentado no Teatro Municipal de São Paulo, a ópera: ” Don Giovanni ” de Mozart. Todos os críticos a elogiaram.

Em 1999, Bia Lessa, a artista múltipla, realizou no Teatro da FAAP- de São Paulo, uma exposição, a que deu o nome: “Brasileiro Que Nem Eu. Que Nem Eu, Quem?”. Essa exposição se tornou um marco, entre as exposições, pois o espectador é um participante da exposição. No ano 2000, a artista foi convidada para criar o Pavilhão do Brasil, em Hannover na exposição Universal.

Ao mesmo tempo, Bia criou em São Paulo, no prédio da Bienal, o Módulo Barroco da Mostra do Redescobrimento do Brasil. Depois ela criou, no Itaú Cultural, a ” Exposição Claro e Explícito”. Para a inauguração do Museu da Língua Portuguesa, Bia criou a exposição: ” Grande Sertão Veredas”, baseada em Guimarães Rosa.

Além disso, na época, Bia dirigiu ” Medéia”, um espetáculo teatral, com a atriz Renata Sorrah. Fez ainda a direção de shows de Gal Costa, Ana Carolina, Margareth Menezes, Vanessa da Matta e outros eventos artísticos. Em seguida, Bia Lessa dirigiu seu primeiro longa metragem ” Crede-Mi”, a partir da obra: ” O Eleito”, de Thomas Man. E o filme viajou por vários países do mundo. Bia fez em Parati, Rio de Janeiro, o primeiro museu oral brasileiro, e foi convidada para organizar mais outros três museus, ainda em fase de criação, que são: ” Museu do Frevo”, ” Museu das Revoluções” e ” Museu do Homem Brasileiro”.

Em 2010, Bia Lessa montou na reinauguração do Teatro Municipal do Rio de Janeiro,a ópera de Verdi: ” O Trovador”, que teve excelentes críticas.

 
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