MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


ANTONINO SEABRA


O pai de Antonino Seabra era baiano, professor. Depois foi ser Juiz de Direito. Seu nome era José Seabra. Ele se casou com Benedita, paulista, e se mudaram para Recife, Pernambuco, onde Antonino nasceu. Ele, e mais três irmãos, logo foram com os pais para o Rio de Janeiro, onde se criaram e estudaram. Antonino, desde cedo, gostava de desenhar, e logo começou a desenhar faixas e cartazes. Fazia também histórias em quadrinhos. Exibia-os aos amigos, que gostavam. Mas quem gostava mais era o próprio Antonino, que aos 16, 17 anos começou a trabalhar em rádio, como operador de som, na Rádio Guanabara, do Rio. Começou a fazer logo sonoplastia e apaixonou-se.

Continuava com os desenhos e, tranquilamente, apresentou-se a Roberto Marinho, pedindo-lhe que publicasse um desenho seu. Continuava a estudar, no famoso Colégio Pedro II, mas já sabia qual seria seu destino. Passou para a Rádio Nacional, já com bom salário. Aí veio para a TV Paulista, em S.Paulo, e foi um verdadeiro desbravador. Como o estúdio era muito acanhado, conseguiu uma lente especial, pois logo foi ser câmera-man e depois diretor de cena. Continuava, porém, com sua sonoplastia. Não demorou a subir ao cargo de diretor artístico, já que sabia de tudo, e ficava dentro da emissora o dia e a noite inteiros. Depois passou para a TV Tupi, onde ficou por vários anos. Em seguida foi para a TV Record, depois novamente para a TV Paulista, outra vez TV Tupi, uma sucessão de trocas e procuras, de mudanças.

Era o verdadeiro “homem de televisão”, um verdadeiro conhecedor do veículo. Na TV Tupi fez “Teatro da Juventude” , “Poliana”, “Lever no Espaço”, e muitos outros programas. Esteve ainda na TV Continental e na TV Rio, do Rio de Janeiro. Foi então para a TV Excelsior. Anos mais tarde, já considerado um dos “papas” da televisão, resolveu fazer um filme, mas com o ritmo da televisão. Seu parceiro foi Henrique Martins, aliás, seu companheiro de sempre. Voltou, porém, para a TV Bandeirantes. Lá lançou “Zé do Caixão”, “O Homem do Sapato Branco”, “Jacinto Figueira”, “Gil Gomes”, e vários outros programas de sucesso.

Por fim foi para o SBT, à convite de Silvio Santos, para dirigir a nova fase de novelas da emissora, e o fez com muito sucesso. Seu último trabalho foi em “Marisol”, de 2002.

O nosso irrequieto e criativo Antonino Seabra, que dedicou cinquenta anos de sua vida integralmente à televisão. Quando perguntado quem era ele, respondia, emocionado e feliz: “Um sonhador. E um trabalhador. Um artista. Amo o que faço, amo as pessoas e os inúmeros amigos que fiz”.

Faleceu em 4 de Julho de 2010, aos 77 anos.

 
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