MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


ANA ROSA


Ana Rosa Guy Galego Corrêa é seu nome. Corrêa é do marido. Sempre usou apenas Ana Rosa, a menina nascida no Circo Novo Horizonte, de seu avô, que por acaso estava em Promissão, estado de São Paulo. Sua mãe, Hildomar Pimenta casou-se com Jorge Galego, ambos do circo e Ana Rosa nasceu em 18 de junho de 1942. Sua infância foi difícil, e desde os 15 dias de vida, foi colocada no picadeiro. Fez o papel de um recém-nascido abandonado. Era a peça: “O mundo não me quis”. Logo os pais se separaram e Ana Rosa tem irmãos, por parte de mãe, que quase não conhece. O circo continuava viajando. E, sob o aspecto de ter coisas variadas, Ana Rosa não pode se queixar de sua vida. Às vezes moravam em hotéis, em pensões, às vezes em barracas.

Para estudar, aproveitavam a lei de Getulio Vargas, que permitia que os filhos dos artistas circenses, estudassem em lugares sucessivos, submetendo-se à provas de suficiência. Foi assim que Ana fez. Mas fazia as peças de teatro e fazia trapézio, arame, etc.. Aprendeu também a dançar, e fazia de tudo. Tinha professora de balê, de dança espanhola. Era tudo uma família. E foi assim, que bastante jovem, conheceu um rapaz, o Dedé Santana, que era do Circo de Revista Real, e com ele namorou. “Não foi bem um namoro”, diz ela. Os familiares resolveram que seria bom que ela se casasse com ele, que era um rapaz bonitinho e de família conhecida, também no circo. Ana Rosa estava com 16 anos e disse: “Sim”. Mas o casal teve problemas e eles se separaram. Voltaram a se encontrar e aí então nasceu Maria Leoni, a filha do casal. Não durou o casamento. Quando se separaram definitivamente, Ana Rosa, graciosa, magrinha, e bonita, foi fazer Teatro de Revista. E mudou-se para São Paulo, onde havia mais oportunidades.

Um dia foi à Televisão Tupi, para divulgar um concurso de “Rainha das Vedetes”. E venceria quem vendesse mais votos. Ana Rosa, porém, interessou à direção artística da emissora paulista. E ela, após aparecer em programas como: “Clube dos Artistas” e “Almoço com as estrelas”, foi convidada para estrelar a novela “Alma Cigana”, onde tinha de dançar. Fez sucesso, por seu tipo pequenino e gracioso. Nunca mais deixou de atuar, ora em televisão, ora em teatro. Fez depois: “Quem casa com Maria”, “A Viagem”, “Mulheres de Areia”, “O Profeta”, “Os Rebeldes”. Fez também, “TVs de Comédia”, pois Geraldo Vietri, o diretor, gostava muito de Ana Rosa, por seu jeito de atuar e por seu profissionalismo. Mas um dia a TV Tupi faliu. Ana Rosa também fazia dublagens, pois precisava sustentar os filhos, já que ela e a mãe estavam então com 5 meninos em casa( quatro filhos adotivos) e a atriz precisava trabalhar muito. Foi quando aconteceu o grande amor de sua vida, que foi o ator Guilherme Corrêa, gaúcho, que a pediu em casamento, quando já estava com cinco filhos. Foi depois para o SBT, participando das novelas: “O destino”, “Vida roubada”.

Foi a seguir para a Manchete. Fez também teatro com Walmor Chagas, e fez ainda “Trair e coçar”, com Atilio Riccó. Depois veio a fase da Globo, onde começou em “Riacho Doce” e esteve em outras dezenas de novelas, como “Tropicaliente” (1994), “O Rei do Gado” (1996), “Suave Veneno” (1999), “O Beijo do Vampiro” (2002), “Kubanakan” (2003) e “Senhora do Destino” (2004).

Em 2005, transferiu-se para a TV Record e atuou em três novelas: ” Essas Mulheres” (2005), “Bicho do Mato” (2006) e “Caminhos do Coração” (2007).

Em 2008, retornou a TV Globo e interpretou a personagem Virgínia Jequitibá, na novela “Três Irmãs”. Em 2010, fez o seriado “A Cura”. Em 2011, esteve na minissérie “Chico Xavier”, e nas novelas “Morde e Assopra” e “Fina Estampa”.

Ana Rosa está no “Guiness Book”, livro de recordes, como atriz que mais fez televisão no Brasil.

Com Guilherme Corrêa, Ana Rosa teve mais dois filhos. A última, Aninha, veio a falecer, o que machucou profundamente os pais, mas para suavizar a mágoa, fizerama peça religiosa “Violetas na janela”, dedicada à filha que morreu.

Ana Rosa é sensacional. É uma criatura humana que, parece uma garota, ao lado de seus filhos e seus quatro netos. Ela é bondade, é arte, é amor. Bela Ana ! Bela Rosa!

Publicou o livro: “Essa louca televisão e sua gente maravilhosa”. Guilherme Corrêa, seu marido veio a falecer no Rio de Janeiro, em 2006.

No cinema, esteve em: “Diabólicos Herdeiros” (1971), “Quatro Prisioneiros em Fuga” (1972), “Sexo, Sua Única Arma” (1983), “Signo da Cidade” (2007), “Bezerra da Silva – O Diário de um Espírito” (2008), “Chico Xavier” (2009) e “Nosso Lar” (2010).

 
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