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Gugu Liberato, tributo a um talentoso artista de nossa TV



Era noite de  22 de novembro de 2019  e a notícia que se temia chegou. Faleceu aos 60 anos, nos Estados Unidos, Gugu Liberato, dois dias depois de se acidentar gravemente em sua casa. Os telespectadores, os amigos, os colegas de TV  perguntaram, como foi possível tamanha fatalidade, logo com uma pessoa tão querida por todo Brasil?

Mas para quem tem fé, os desígnios de Deus explicam tal consternador acontecimento já num ano tão difícil para o Brasil. Mas é o momento de homenagear dignamente Antônio Augusto Moraes Liberato, que desde a adolescência trabalhou na Televisão Brasileira, sempre com brilhantismo, carisma e comunicabilidade.

E foi em 1974, como telespectador dos programas de Silvio Santos na TV Globo e na TV Tupi que Gugu ingressou na televisão, pois foi contratado pelo “Homem do Baú” para trabalhar em sua produção, vinculado a Publicidade Silvio Santos Ltda, pois se destacava ao mandar cartas com sugestões para os quadros do programa de  Silvio.

Ainda antes da fundação do SBT em São Paulo, em agosto de 1981, Gugu Liberato trabalhou com Silvio Santos na TV Record, canal 7 de São Paulo e na TVS, canal 11 do Rio de Janeiro. E com a TV  de Silvio Santos no ar, Gugu passa a ser jurado do “Programa Raul Gil” e apresentar a “Sessão Premiada”, em sua versão paulistana (no Rio de Janeiro, o apresentador era seu amigo Paulo Barboza).

Em 1982, nasce o programa de auditório “Viva a Noite”, e Gugu Liberato começa a se destacar nas noites de sábado, levando para o público televisivo aplaudidas atrações musicais, acompanhadas pelo Maestro Zezinho, interessantes gincanas e marcantes quadros como “Sonho Maluco”. Em 1983, o Programa de Gugu atinge relevantes índices de audiência e ele é eleito a Revelação da TV daquele ano, pelos jurados do Troféu Imprensa, ao derrotar a apresentadora Xuxa Meneguel e o cantor Lulu Santos. Nesse mesmo ano, se forma jornalista na conceituada Faculdade Cásper Libero.

Durante a década de 1980, Gugu só aumentava o prestígio de sua carreira artística. Em 1984 é indicado pela primeira vez ao Troféu Imprensa de Animador de Programas de Auditório, concorrendo com os ícones Chacrinha e Silvio Santos, no mesmo ano em que o também jornalista paulista Fausto Silva é eleito a Revelação da TV pela mesma premiação. Já nessa época, a imprensa especializada já apontava Gugu como o sucessor de Silvio nos programas do SBT.

Em 1988, depois de ser contratado pela TV Globo, de não estrear e voltar para o SBT, finalmente Gugu estreia aos domingos, na condução dos programas “Passa ou Repassa” e “Cidade Contra Cidade”, o mesmo programa recorde de audiência quando era apresentado por Silvio Santos no final dos anos 1960.

Ainda nessa época, faz quatro  filmes como os Os Trapalhões (Renato Aragão, Dedé Santana, Mussum e Zacarias): “Os Fantasmas Trapalhões” com direção de J B Tanko em 1987; “O Casamento dos Trapalhões” com direção de José Alvarenga Junior em 1988; “Os Trapalhões na Terra dos Monstros” dirigido por  Flavio Migliaccio em 1989  e “Uma Escola Atrapalhada” com direção de Del Rangel em 1990.

Em 1990, termina o “Viva a Noite” e Gugu passa a apresentar em seu lugar o “Sabadão Sertanejo”, programa fundamental para o sucesso das novas duplas sertanejas como Leandro e Leonardo. Também apresenta o “TV Animal” até estrear em 1993,  o “Domingo Legal”, verdadeiro fenômeno de audiência que muitas vezes venceu a TV Globo e que levou ao palco do SBT nomes icônicos como Caetano Veloso, Gilberto Gil, além de importantes atrações internacionais.

Foi nesse programa de auditório que surgiram os quadros “Taxi do Gugu”, “Gugu na Minha Casa” e “Sentindo na Pele”, sempre com grande sucesso popular. Em 1995, Gugu recebe o seu primeiro Troféu Imprensa como animador de auditório, empatado com a amiga Hebe Camargo.

Em 2009, deixa o SBT para um novo desafio profissional na TV Record, onde trabalha por dez anos, em programas próprios como o “Programa do Gugu” e também em reality-shows como o seu ultimo programa “Canta Comigo”.

Nome de parque infantil, personagem de história em quadrinhos, colunista de jornais e de revistas e apresentador de programas de rádio, Gugu Liberato ficará para sempre na memória dos telespectadores brasileiros, pois se dedicou sempre em fazer uma televisão misturando atrações populares com interação direta com o seu auditório.

Descanse em Paz o “Rei paulistano dos domingos televisivos dos anos 1990!”

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