A chegada da tv mexeu com o meio artístico, principalmente com os talentos do radio. Muitos com medo de perder importância. Outros enxergavam um novo mundo de possibilidades. De olho na segunda possibilidade, já no segundo ano de vida o novo modelo de comunicação ganhou uma premiação. Em 1952 a Associação dos Funcionários das Emissoras Unidas, ou seja das rádios Bandeirantes, Record, Pan-Americana e São Paulo, decidiram estender sua premiação anual aos melhores do rádio, também aos profissionais da recém criada televisão.
Em 16 de dezembro daquele ano, sob a coordenação da ACRESP, a Associação dos Cronistas Radiofônicos do Estado de São Paulo, divulgou-se a lista dos melhores da tv daquele ano. Todos eram, claro, do elenco da Tupi, então a única emissora. O júri foi composto por jornalistas e colunistas de radio dos principais jornais e revistas especializadas. Começava a brilhante jornada do prêmio Roquete Pinto na história da tv.
Os premiados com o primeiro troféu foram Dionísio Azevedo – produtor, Cassiano Gabus Mendes – diretor, Lima Duarte – ator, Lia de Aguiar – atriz, Walter Stuart – prêmio especial, Francisco Alves – preito de saudade e Roquette Pinto – menção honrosa.
O prêmio foi outorgado por 26 anos e nos anos 50 tinha transmissão ao vivo pela TV Record e Paulista, com grandes índices de audiência.
O troféu homenageava o pioneiro da comunicação Edgard Roquette-Pinto que criou em 1922 a primeira emissora brasileira, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Não havia o suspense da escolha na hora, entre os indicados. A lista dos premiados era divulgada antes. Mas a emoção da festa era grande.
M.A.Z. / 30-07-16
