Walter George Durst nasceu em 15 de junho de 1922, em São Paulo.
De estatura mediana e sempre de óculos, Walter Durst estava na Rádio Tupi, uma emissora associada, quando da inauguração da Televisão Tupi,em 18 de setembro de 1950. Ele foi o principal idealizador dos teleteatros que a emissora implantou e levou ao ar,no horário nobre, por vários anos.
Associou-se a Cassiano Gabus Mendes, que era o diretor artístico da televisão pioneira, e também a Dionísio Azevedo, Silas Roberg, Álvaro de Moya e Lima Duarte, e foi esse o grupo que se tornou responsável pela teledramaturgia da TV Tupi.
Walter George Durst, ao lado de Dionísio Azevedo principalmente, fazia as adaptações dos grandes textos universais. Eram espetáculos de duas a três horas de duração que iam ao ar à noite, em domingos alternados. Foram montados textos clássicos, entre os quais obras de Skakespeare, Dostoiewski, Ilsen, Pirandello, e até do brasileiro João Guimarães Rosa.
Uma ousadia atrás da outra, dada a exigüidade de tempo de ensaio e de espaço nos estúdios. Mas o publico entendeu a proposta e respondeu com boa audiência. O “TV de Vanguarda” era programa obrigatório do público no domingo a noite. E ficou no ar por 16 anos consecutivos. Mas Walter George Duart, o intelectual, foi contratado pela Colgate-Palmolive e sob orientação de Glória Magadan adaptou dramalhões estrangeiros, o que resultou em muitas críticas contra ele. Ele, à época, já era casado com a atriz Bárbara Fázio, que participou de vários trabalhos dirigidos pelo marido.
Depois da TV Tupi, Durst esteve na TV Bandeirantes, onde dirigiu o “Teleteatro Cacilda Becker“. Foi para a TV Cultura, onde se destacou na criação do “Teatro 2″ e do núcleo de teledramaturgia. Ligou-se também ao Cinema, que era sua paixão e escreveu e dirigiu alternadamente “Toda a Vida em Quinze Minutos”; “A Carrocinha”; “O Sobrado” e “Paixão de Gaúcho”, todos na década de 1950.
Na TV Tupi, à época escreveu os seriados e novelas: “O Pequeno Mundo de Dom Camilo”; “Cleópatra”; “O Sorriso de Helena”; “Gutierritos, o Drama dos Humildes”; “Teresa”; “O Cara Suja”; “Olhos que Amei”; “A Outra”; “A Cor da Sua Pele”; “Um Rosto Perdido” e “Meu Filho, Minha Vida”.
Por fim, foi para a TV Globo, já em meados de 1975. Estourou, ao assinar as novelas “Gabriela” e “Nina“, que lhe valeram dois prêmios APCA como o Melhor Autor de Novelas. Escreveu em seguida o especial “O Homem que veio do Céu”; episódios dos seriados “Carga Pesada” e “Obrigado Doutor“; a novela “Terras do Sem Fim” e a minissérie “Anarquistas, Graças a Deus“.
Foi depois para a TV Manchete e escreveu a novela “Tocaia Grande”, em 1995, e no ano seguinte, uma remake de “Os Ossos do Barão” no SBT. Quando a novela estava no ar, ele descobriu um câncer na medula óssea.
Wálter George Durst faleceu em 24 de agosto de 1997, na capital paulista, aos 75 anos de idade.