Solano Trindade nasceu em Recife, capital de Pernambuco, em 24 de julho de 1908.
Foi poeta, ator, pintor, folclorista, teatrólogo e cineasta.
Solano era filho do sapateiro Manuel Abílio Trindade e de Emerenciana, quituteira e operária. Ela, porém, gostava de arte, e pedia ao filho que lesse para ela novelas, leituras de cordel e poesia romântica. O pai Abílio gostava de dançar o “pastoreio” e o “ bumba meu boi”.
Nos anos 1940, Solano mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a frequentar grupos de artistas de todas as áreas. Depois mudou-se para a capital paulista, onde também convivia com intelectuais ligados às artes populares.
Negro, Solano participou do 1º e do 2º Congresso Afro Brasileiro e da Frente Pernambucana, que era uma extensão da Frente Negra Brasileira. Em 1938, fundou o Centro Cultural Afro- Brasileiro e a Frente Negra Pernambucana, assim como o Grupo de Arte Popular.
Em 1944, ele publicou o livro “Poemas de Uma Vida Simples” e fundou o Teatro Folclórico, já no Rio de Janeiro. Filiou-se então ao Partido Comunista.
Quando se mudou para São Paulo, Solano ficou sabendo do grupo artístico que havia se formado na pequena cidade do Embu, agradável município, a uma hora da capital. Ali logo conheceu o mestre Sakai, o artista Assis e vários outros. Foi quando nasceu “Embu- Cidade das Artes”. E esta foi crescendo, ganhando público e tornando-se um verdadeiro centro artístico e cultural paulista, com sua feira artesanal de grandes artistas.
Solano Trindade também, nessa mesma ocasião, participou da peça de Gianfrancesco Guarnieri: “Gimba”, em 1967. Ele casou três vezes e teve quatro filhos.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de fevereiro de 1974, aos 66 anos de idade, e muito pobre. Publicou cinco livros, sendo o último, “Cantares do Meu Povo”.