Sérgio Luiz Viotti nasceu no bairro paulistano de Higienópolis, em 14 de março de 1927.
Gostava de escrever, e embora tenha se apaixonado pelo super-heroi Capitão Blood, do cinema, não pensava em ser ator. Ia sempre com a mãe assistir peças teatrais, e assim teve oportunidade de assistir Jaime Costa, Dulcina de Moraes e Procópio Ferreira.
Mudou-se para o Rio de Janeiro e começou a escrever em páginas literárias de jornais e publicou vários contos. Foi ser bibliotecário do Conselho Britânico, e em 1950, foi para Londres e na BBC fez crítica literária, tradução e também foi produtor e ator de rádio-teatro. Ali ficou até 1958.
Em 1958, de volta ao Brasil, continuou como diretor e foi um dos fundadores da TV Cultura quando ela passou à televisão educativa. Ele cuidava da parceria entre a Cultura e a BBC de Londres. Na década de 1970 ele foi para a Rádio MEC do Rio de Janeiro, como diretor artístico.
Como diretor de teatro se destacou em “Viagem a Três”; “A Folha da Parreira”; “Dona Rosita, Solteira”; “Vamos Brincar de Amor em Cabo Frio”; “As Inocentes do Leblon”; “As Viúvas do Machado” e “Martins Pena Faz Rir”. Como ator, Viotti fez nos palcos “O Contato”; “O Idiota”; “O Milagre de Anne Sulivan”; “Você Pode Ser o Assassino”; “My Fair Lady”; “Vamos Contar Mentiras”; “O Noviço”; “À Margem da Vida”; “Tragédia em Vila Rica”; “Os Amantes de Viorne”:” A Herdeira”; “Baile de Máscaras “; “As Regras do Jogo”; “Pedro e o Lobo” e “A Volta ao Lar”.
Na Televisão ele começou no “Grande Teatro Tupi” no início dos anos 1960, e depois atuou também no “Teatrinho Trol” e no “Grande Teatro Infantil da Tupi” em 1970. Em 1975 gravou o teleteatro “A Ceia dos Cardeais” para a TV Cultura, e em 1980, fez a primeira novela, “Dulcinéa vai à Guerra”, na TV Bandeirantes. Em 1985, participou do grande elenco da minissérie “O Tempo e o Vento”, e em seguida da novela “Sinhá Moça” em 1986, na TV Globo.
O sucesso junto ao grande público surgiu a partir de 1987, quando fez “Corpo Santo” ; “Olho Por Olho” e “Kananga do Japão”, todas as novelas na TV Manchete. Foi para a TV Globo e atuou na minissérie “O Primo Basílio” e nas novelas “Mico Preto”; “Meu Bem, Meu Mal”; “Despedida de Solteiro”; “Olho no Olho”; “História de Amor”; “Irmãos Coragem”; “Anjo Mau”; “Suave Veneno”; “Terra Nostra” ; “O Beijo do Vampiro” e das minisséries “Os Maias”; “A Casa das Sete Mulheres”; “Um Só Coração” e “JK“. Também esteve na TV Record onde atuou na novela “Por Amor e Ódio.
No Cinema ele atuou em apenas quatro filmes: “22-200 Cidade Alerta” em 1965; “Um Ramo Para Luiza” em 1965; “Sábado” em 1995 e “O Homem que sabia Javanês” em 2004.
Na TV Manchete, ele foi também apresentador do programa”Século XX”. Recebeu prêmios de melhor ator no Teatro e na TV, e em 2004, a Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial de São Paulo, publicou um livro sobre a vida dele sob o nome, “O Cavalheiro das Artes“.
Sérgio Viotti faleceu em 26 de julho de 2009, aos 82 anos de idade, na cidade de São Paulo, vitimado por um ataque cardíaco.