MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


SERGIO BRITTO


Sérgio Pedro Correa de Britto nasceu no dia 29 de junho de 1923, na cidade do Rio de Janeiro.

Muito inteligente, o garoto foi influenciado para estudar Medicina. Ele entrou para a Faculdade Nacional de Medicina da Praia Vermelha. Depois de receber o diploma, e quando já estava se encaminhando para a obstetrícia, Sergio Britto começou a divergir de seus colegas, que só pensavam num sucesso financeiro. Foi quando foi convidado por Jerusa Camões, que era dona do Teatro Universitário, para participar de um grupo amador. Após hesitar, aceitou, e foi ser colega de Sergio Cardoso, Sonia Oiticica e outros. Era o ano de 1945.

Em 1947, conheceu Pascoal Carlos Magno no Teatro do Estudante e lá fez “Hamlet”, ao lado de Sergio Cardoso. Essa peça perturbou a cabeça do jovem médico, que percebeu que havia nascido para ser artista. E foi assim que fundou uma companhia profissional, com Sergio Cardoso e mais colegas, que se chamou Teatro dos 12. Em 1950 foi do Rio para São Paulo trabalhar com Madalena Nicol. Foi para a Televisão Tupi de São Paulo, ao lado dessa atriz, que também traduzia e adaptava peças para a televisão. Nascia assimn o “Grande Teatro Tupi”, que acontecia às segundas feiras a noite.

Na TV Tupi, em 1952, ele passou também a dirigir os teleteatros, além de interpretar textos como “O Tenor Desafinou”; “Tempestade”; “O Pai”; “O Segredo”; “O Pinheirinho de Natal”; “A Casa das Sete Torres”; “Águia de Duas Cabeças”; “Canção do Dia Sagrado” e “Electra”, entre outros.

Em 1958, voltou para o Rio de Janeiro, depois de passar pelos palcos do Teatro Brasileiro de Comédia, do Teatro de Arena e do Teatro Maria Della Costa. O TBC, porém, era o grande palco da época, e depois de lá, fundou o grupo Teatro dos Sete com Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Ítalo Rossi e Gianni Ratto. Atuou em “Uma Pulga Atrás da Orelha”; “Uma Mulher e Três Palhaços”; “Cristo Proclamado”; “O Beijo no Asfalto”; “Júlio César”; “Flor de Cactus” e “Santa Joana”.

Se dedicou sempre ao Teatro e a Televisão, estreando nas novelas em 1964, quando fez “O Desconhecido” na TV Rio e depois “Sonho de Amor” também na mesma emissora. Em 1965, passou pela TV Globo e fez a novela “Ilusões Perdidas” e em 1968 estava na TV Excelsior de São Paulo, onde dirigiu a novela “A Muralha” e também “Sangue do Meu Sangue”, ambas com muito sucesso. Dirigiu ainda o programa de Bibi Ferreira na mesma emissora.

Sérgio Britto foi novamente para a TV Globo em 1974, quando fez o “Caso Espceial” – “O Crime do Zé Bigorna” e depois atuou também nas novelas “SuperManoela”; “Escalada”; “Anjo Mau”; “Espelho Mágico”; “Olhai os Lírios do Campo” e “Paraíso”.

Na TV Manchete, a partir de 1984, Sérgio Britto atuou com destaque em “Dona Beija”; “Marquesa de Santos”; “Kananga do Japão”; “Pantanal”; “A História de Ana Raio e Zé Trovão”; “O Farol”; “O Fantasma da Ópera” e “Xica da Silva”.

Fundou o Teatro Senac, onde fez “O Marido vai à Caça”; “Fim de Jogo”; “Entre Quatro Paredes”; “A Noite dos Campeões”; “Os Filhos de Kennedy”; “Os Viciados”; “Assim é se lhe Parece”; “Tio Vânia”; “O jardim das cerejeiras”; “A Gaivota”; “”O Suicídio” e “A Cerimônia do Adeus”.

No Cinema fez 12 filmes, entre eles, “O Comprador de Fazendas” em 1951; “Modelo 19” em 1952; “Luz Apagada” em 1953; “Esquina da Ilusão” em 1953; “A Sogra” em 1954; “Society em Baby-doll” em 1965; “O Desafio”, também em 1965; “Gordos e Magros” em 1976; “Na Ponta da Faca” em 1977 e “A Maldição de Sanpaku” em 1991.

Participou também das novelas “Olho no Olho”; “Mulheres de Areia”; “Memorial de Maria Moura” e “Chiquinha Gonzaga”, todas produções da TV Globo, mas passou também pela TV Record, onde fez “Direito de Vencer” e “Vidas Cruzadas” e pela TV Bandeirantes, atuando na novela “Serras Azuis” em 1998.

Em 2003, estreou a peça “Sergio 80”, sobre os seus oitenta anos de vida. Em 2008, interpretou Dom Pedro II no especial da TV Globo, “O Natal do Menino Imperador” e fez também as premiadas peças “A Última Gravação de Krapp”; “Ato sem Palavras” e “Recordar é Viver”.

Sua última aparição na TV foi apresentando o programa “Arte com Sérgio Britto”, na TV Brasil.

Sérgio Britto faleceu em 17 de dezembro de 2011, aos 88 anos de idade, vítima de problemas cardiorrespiratórios, no Rio de Janeiro.

 
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