Samuel Haimovich Wainer nasceu na Repúbica da Moldávia, em 19 de dezembro de 1910.
Imigrou para o Brasil com seus pais, judeus russos da região da Bessarábia, com apenas cinco anos de idade, e eles vieram morar em São Paulo, no bairro do Bom Retiro. Ele não foi alfabetizado na língua portuguesa e ele sempre teve dificuldades para falar sem utilizar um forte sotaque.
Icônico nome da Imprensa Brasileira, em 1938 fundou a revista Diretrizes no Rio de Janeiro, juntamente com Azevedo Amaral e Rubem Braga. Na década seguinte trabalhou nos dois mais importantes veiculos de comunicação de propriedade de Assis Chateaubriand naquela época, a revista Cruzeiro e O Jornal do Rio de Janeiro.
Em 12 de junho de 1951, fundou no Rio de Janeiro o jornal Ultima Hora, que revolucionou a Imprensa Brasileira da época e logo se tornou o jornal mais vendido da então “capital federal do Brasil”.
Casado com a jornalista Danuza Leão, Samuel é perseguido pelo Regime Militar a partir de 1964, que o tirou do comando do Ultima Hora e se exila no Chile em 1965. Em seguida vai morar em Paris e retorna ao Brasil em 1968, quando passou a trabalhar na Folha de S Paulo.
Foi também editor-assistente da Editora Três e da publicação Carta Editorial. Deixou um livro de memórias que foi um grande sucesso de vendas: “Minha Razão de Viver“, editado por sua filha, a artista plástica Pinky Wainer.
Separado de Danuza, Samuel Wainer faleceu aos 69 anos de idade, em São Paulo, em 02 de setembro de 1980, depois de sentir mal quando caminhava em direção a sua casa. Deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein, mas morreu antes de ser atendido pelos médicos.
