MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


SALOMÉ PARÍSIO


Dulce de Jesus Oliveira, mais conhecida como Salomé Parisio, nasceu na cidade de Bonito, no estado de Pernambuco, em 3 de junho de 1921.

Veio de uma família com oito irmãos, três homens e cinco mulheres, e sendo todos cantores, Dulce começou a cantar na igreja. Diz ela que quando cresceu um pouco, ficou “filha de Maria” e quase se tornou freira.

Mas, em Recife, se encantou pela Rádio Clube de Pernambuco, onde se inscreveu em programas de calouros e venceu. Depois viajou para a Bahia, onde ficou por cinco anos. Lá nasceu seu único filho. Foi convidada então para ir ao Rio de Janeiro e se decidiu a ser mesmo artista. Tanto que se tornou não apenas cantora, mas vedete e atriz.

Foi Chianca de Garcia que resolveu levar a então já Salomé Parísio para o Cassino da Urca, que ele dirigia. E a colocou para estrelar a peça-musical “Um Milhão de Mulheres”, em 1947. Foi um estrondoso sucesso. A beleza da mulata Salomé e sua graça encantaram a todos. Naquele espaço ela fez mais três revistas musicais, e depois foi para São Paulo trabalhar no Teatro Santana e fez enorme sucesso como atriz, cantora, bailarina e vedete.

Em 1950, Salomé excursionou por Portugal e se apresentou no Cassino do Estoril. De volta ao Brasil, em 1952, estrelou o espetáculo “Pra Lá de Boa“, dirigida por Lulu de Barros. Em 1955, as pernas de Salomé encantaram os argentinos, para onde ela foi em longa excursão. Foi depois para os Estados Unidos, onde o convite era para que substituisse Carmem Miranda, mas a mãe de Salomé adoeceu, e ela declinou do convite e voltou ao Brasil.

Fixou-se em São Paulo e trabalhou na Rádio Tupi, na Bandeirantes, na Record e na Nacional. Em 1962, foi para os Estados Unidos, onde atuou no Rádio City Hall, dirigida por Carlos Machado.

De volta ao Brasil, estrelou “Um Violinista no Telhado“, cantando canções judias, e fez ainda a peça “Aí Vem o Dilúvio”, nos anos 1970. Fez então programas de rádio, de TVs, de revistas e recebeu o convite de Antunes Filho para participar da montagem da peça “Macunaíma“, cujo espetáculo viajou todo o Brasil e depois foi à Europa, participar do Festival Mundial de Teatro em Nancy, onde ganhou o 1º lugar. Eles excursionaram por doze países.

Salomé atuou na Televisão no programa de humor “Folia do Golias” na TV Paulista e depois atuou na novela de Vicente Sesso, “Sangue do Meu Sangue“, na TV Excelsior, em 1969.

Em 2012, ganhou um livro em sua homenagem, “Salomé Parisio – O Rouxinol do Norte“, de Diego Nunes, Fábio Siqueira e Thais Matarazzo.

Salomé Parísio faleceu em 19 de junho de 2013, aos 91 anos de idade, de infarto, na  capital paulista.

 
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