Oduvaldo Vianna nasceu na capital paulista, em 27 de fevereiro de 1892.
Formou-se em Farmácia e Odontologia. Mas não era bem isso que queria. Era ligado às artes e pode-se dizer que foi ele que implantou o radioteatro no Brasil, ou mais precisamente em São Paulo.
Embora se dedicasse basicamente ao teatro e cinema, viajava bastante, e em uma viagem à Argentina, viu como o público radiofônico interessava-se pela transmissão das histórias seriadas, ou seja, as radionovelas. E logo ele resolveu fazer o mesmo em São Paulo.
Tambem foi redator e diretor de vários roteiros, e suas peças teatrais começaram a ser encenadas em 1916. Morava no Rio de Janeiro e tinha amigos teatrólogos.
Em 1919, fez sucesso com a peça “Almofadinha”, que foi encenada pela Companhia Nacional de Comédias e Vaudevilles, no Teatro Carlos Gomes. No mesmo ano fez a opereta “O Clube dos Pierrôs”, e as revistas “Viva a República” e “Flor da Noite“. Em 1921, junto com o escritor Viriato Corrêa, Oduvaldo criou uma companhia que se instalou no Teatro Trianon, o mais importante do Rio. E eles encenaram peças de Oduvaldo Vianna. Entre elas, “Terra Natal” e “Capital Federal“. Oduvaldo estava casado com a atriz Abigail Maia e criou então a Companhia Abigail Maia.
Em 1925, Oduvaldo escreveu e dirigiu “Manhãs de Sol“, para o cinema. Em 1931 ele se tornou independente e passou a montar só peças suas. Encenou “Tostãozinho de Felicidade” e “Sorrisos de Mulher”.
Nessa mesma época começou escrever para o principal ator de teatro, Procópio Ferreira. Fez com ele os espetáculos “O Vendedor de Ilusões”, “Feitiço”, “Mas que Mulher” ; “Segredo” e “O Fruto Proibido”. Em 1933 veio a consagração, com a peça “Amor“, bastante moderna para a época, pois tratava do tema divórcio, defendendo que os que amam, podem lutar por um segundo casamento. Depois, em 1936, rodou o filme “Bonequinha de Seda”, que fez enorme sucesso, tendo no papel principal Gilda de Abreu. Na segunda metade dos anos 1930, Oduvaldo foi dirigir a Escola de Teatro Martins Pena.
A Companhia Abigail Maia-Oduvaldo Vianna, viajou para o exterior e fez longa e importante temporada em Buenos Aires. Antes Oduvaldo tinha ido aos Estados Unidos estudar cinema. Em 1942, já em São Paulo, ele lançou o radioteatro. Foi na Rádio São Paulo, com grande elenco. Em 1944, comprou a Rádio Panamericana, que um ano depois vendeu para Paulo Machado de Carvalho e seus filhos. Estes mudaram o nome da emissora para Jovem-Pan e a ligaram às suas demais emissoras, formando a Rede de Emissoras Unidas de Rádio e de Televisão.
Oduvaldo Vianna escreveu roteiros para televisão e teleteatros para emissoras cariocas. Uma peça teatral e uma radionovela, ambas de sua autoria, “Mas, que Mulher!” e “Fatalidade”, foram adaptadas por ele próprio para a TV Tupi. Já “Renúncia” e “Marcados pelo Amor“ são radionovelas suas adaptadas por outros autores para a TV. Sua peça “Amor” foi encenada no “Grande Teatro Tupi”, sob a direção de Sérgio Britto.
Ele foi um dos criadores da SBAT, sociedade que protege os autores teatrais.
Após separar-se de Abigail Maia, Oduvaldo casou-se com a também escritora Deuscélia Vianna, e eles tiveram o filho Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, que também fez grande nome em teatro, cinema e televisão, mas faleceu bastante cedo.
Oduvaldo Vianna faleceu na cidade do Rio de Janeiro. no dia 30 de maio de 1972.