Mário Gusmão nasceu na cidade de Cachoeira, na Bahia, em 20 de janeiro de 1928.
Por 23 anos, foi funcionário de Penitenciária Lemos Brito, mas como tinha desejos artísticos, matriculou-se na Escola de Teatro da Universidade Federal de Bahia, onde se formou em 1960. Nos anos 1950, Mário Gusmão matriculou-se na Escola de Teatro da UFBA, o que foi uma ousadia, pois ele foi o primeiro negro a fazê-lo. E ainda mais; no teste para entrar, não apenas representou, como dançou.
A partir de 1958, foi marcante sua atuação nos palcos, atuando em “Almanjara”; “Graça e Desgraça da Casa do Engole Cabra”; ”Cachorro Dorme Nas Cinzas”; “O Moço Bom e Obediente”; “O Auto da Compadecida”; “Ópera dos Três Tostões”; “Chapetuba Futebol Clube”; “Eles Não Usam Black Tié”; “Estórias de Gil Vicente”; “A Ilha do Tesouro”; “A História de Tobias”; “Saraa”; “A Prostituta Respeitosa”; ”O Noviço”; “Auto da Compadecida”; “Banquete dos Mendigos” e “A Ilha do Tesouro”.
No Cinema, Mário Gusmão estreou sob a direção de Glauber Rocha em “Deus e o Diabo na Terra do Sol” e voltou em “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, além de participar de “Pindorama”; “Dona Flor e Seus Dois Maridos”; “A Idade da Terra”; “Chico Rei” e “Jubiabá”.
Ele também atuou em muitos espetáculos musicais, compôs inúmeras músicas e foi um ícone do movimento negro na Bahia e no Brasil.
Na Televisão, Mário participou da novela “Maria, Maria” e das minisséries “Tenda dos Milagres”; “O Pagador de Promessas” e “Tereza Batista”, na TV Globo, e também atuou na TV Manchete na novela “Dona Beija” e na minissérie “Mãe de Santo”. Em 1984, foi agraciado com o título de Cidadão de Salvador.
Mário Gusmão faleceu em 20 de novembro de 1996, no Dia Nacional da Consciência Negra, e estava com 68 anos de idade. Sua morte foi em consequência de um câncer generalizado.