MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


MARCOS RESENDE


Marcos Resende — ou José Marcos Filgueira Resende — é produtor, diretor e principalmente autor de programas de televisão. Nasceu a 24 de maio de 1950, em Varginha, Minas Gerais. Filho do médico José Marcos de Oliveira Resende e da professora Hélia Soares Filgueira Resende.

Sua carreira teve início em 1963, quando aos 13 anos já publicava artigos e poemas em jornais e revistas do sul de Minas. Nessa época também estudava música e a partir de 66 começou a fazer letras para parceiros como Silvio Brito, Jean Garfunkel e Michel Pedro Filho. Nos anos seguintes, de 69 a 73, montou uma companhia de teatro ambulante, tocou em festivais, produziu musicais, roteirizou, dirigiu e atuou em show. Nesses espetáculos, inventou de misturar dramaturgia com música; um amigo batizou a experiência de “música teatralizada”.

Logo se encantou por televisão. Em 1973, convidado pelo diretor Eduardo Moreira foi trabalhar na TV Cultura de São Paulo. Passou por quase todas as emissoras do eixo Rio-São Paulo: Tupi, Globo, SBT, Bandeirantes, Manchete e Record, onde escreveu, produziu e dirigiu programas. Trabalhou no International Channel, em Los Angeles, EUA. Participou da implantação da TV  Corcovado, no Rio de Janeiro e a da TV Alphaville, em São Paulo. Escreveu para mais de 400 intérpretes, comunicadores e artistas.

Na TV Cultura, apresentou o quadro “Fala Poeta”, no programa “Gente Jovem” (73 a 78), ao lado de Fausto Canova e Ângela Rodrigues Alves. Na TV Tupi (entre 1975 e 80) produziu e escreveu programas da divisão de shows, como “Gente Inocente”, “Grande Parada”, “Domingo é Dia de Graça”.

Escreveu, produziu e mais tarde (1980) dirigiu o “Clube dos Artistas” e o “Almoço com as Estrelas”, com Lolita e Ayrton Rodrigues.

Produziu e escreveu eventos com atrações internacionais, como Amália Rodrigues, Burt Bacharach, Charles Aznavour, Dave Brubeck, Dick Farney, Gilberto Gil, James Brown, João Gilberto, Nico Fidenco. Dirigiu o primeiro especial de Julio Iglesias feito no Brasil (1978). Foi coordenador musical da TV Tupi, na Urca, no Rio de Janeiro.

Trabalhou no SBT de 1982 a 1991 e escreveu ou dirigiu programas apresentados por Sílvio Santos, Flávio Cavalcanti, Sérgio Chapelin, Murillo Néri, Lolita Rodrigues, Hebe Camargo, Goulart de Andrade e outros. Criou e escreveu “Musicamp” (“o espetáculo de gala da música sertaneja”), com destaque para os “Telecausos de Pedro Malasartes”. Ainda no SBT, participou da equipe de autores da “Família Pimenta” e fez o roteiro final do primeiro “Teleton”, em 98.

Passou pela TV Globo algumas vezes, entre 1980 e 2002. Colaborou com Walter Negrão na novela “As Três Marias” (1980), escrevendo os poemas que Aluísio, personagem do ator Marco Nanini, mandava para a namorada. Mais tarde, trabalhou no “Fantástico”, “Domingão do Faustão”, “Linha Direta”, “Bambuluá”, “Sítio do Pica-pau Amarelo”.

Um destaque para os 100 clipes que criou para o evento “Cem Anos de Música”, na virada do ano 2000, com narração de Cid Moreira e direção de Roberto Talma.

Na TV Record fez “Show do Dia 7”, “E Se Fosse Você?” (dramaturgia), “As Mágicas Mais Perigosas do Mundo”, “As Maiores Curiosidades do Mundo”, “Hoje em Dia”, “Ressoar” e “O Jogador”, entre 1980 e 2007.

Para a Rede Manchete, de 1992 a 96, trabalhou em projeto de Jaime Monjardim que consistia na exibição de filmes em capítulos, enriquecidos com documentários. Desta forma, fez: “Mahabharata”, de Peter Brooks; “L’Hiver 54 – Abbé Pierre”, de Dénis Amar e a “Série Mazzaropi”, com apresentação de Júlia Lemmertz e Almir Sater. Escreveu, ainda, “Milk Shake” com Angélica e “Comando da Madrugada”, com Goulart de Andrade.

Na TV Bandeirantes, em 73, participou em parceria com Jean Garfunkel do “Programa do Titio Molina”, compondo trilhas infantis. Anos mais tarde, colaborou com os programas “Brasil Verdade” (97), “Melhor da Tarde” e “De Olho Nas Estrelas” (2002).

Marcos Resende, porém, nem sempre viveu de televisão. Além de autor, é formado em Publicidade e Propaganda, pela FAAP e, paralelamente à televisão presta serviços a agências, produtoras e empresas produzindo, escrevendo e dirigindo workshops, documentários e institucionais.  Dedica boa parte de seu tempo à literatura, criando contos, poemas, e dramaturgia.

No ano 2000, quando a televisão completou 50 anos,  o governador do estado de São Paulo, Mario Covas, juntamente com a Pró-TV, deu a muitos artistas o diploma de “Pioneiros da Televisão Brasileira”. Entre eles estava: Marcos Resende.

 

Por Vida Alves

 

 

 

 
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