Lauro César Martins Amaral Muniz, nasceu na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, em 16 de janeiro de 1938. Ele iniciou sua carreira escrevendo para teatro, e se saindo muito bem, tanto que foi logo agraciado com dois prêmios por sua peça : “Este Ovo é Um Galo”. sátira à Revolução Constitucionalista de 1932. Isso aconteceu em 1959 Mas foi em 1963, que foi encenada sua peça de maior projeção”O Santo Milagroso”. Essa peça foi depois adaptada para o cinema e para a televisão. E tem dezenas de peças em seu currículo.
Em 1966 Lauro escreveu sua primeira novela de televisão:”Ninguém Crê Em Mim”, para a TV Excelsior. Para essa emissora, Lauro logo adapta o romance “O Morro dos Ventos Uivantes”. Em seguida o jovem escritor transfere-se para a TV Tupi de São Paulo e lança “Estrelas no Chão”, que vai ao ar em 1967. Em 1970 , ele foi feliz, ao assinar a adaptação de “As Pupilas do Senhor Reitor”, que foi um grande sucesso na TV Record. Nessa emissora ainda ele fez a seguir “Os Deuses Estão Mortos”e sua seqüência, “Quarenta Anos Depois”.
Em 1972, Lauro César Muniz estreou na Rede Globo de Televisão, para substituir o autor Bráulio Pedroso, e escrever:”O Bofe”. Aí ele se torna autor principal de “Carinhoso”. Em 1974, junto com Gilberto Braga, escreve:”Corrida do Ouro”, mas ele teve que realizar o trabalho sozinho, pois Gilberto Braga, em princípio de carreira, desiste do trabalho. Em 1975, Lauro César lançou no horário nobre das 20 horas, a novela “Escalada”. Depois ele assina outro trabalho de sucesso, “O Casarão”. A seguir “Espelho Mágico”. Em 79, lança “Sinal de Vida” e “Os Gigantes”. Lauro não consegue boa audiência nesses trabalhos e se afastada Rede Globo.
Em 1981, o autor se transfere para a Rede Bandeirantes e lança:”Rosa Baiana”. Depois escreveu para a TV mexicana:”La Gran Mentira”, baseada na sua novela “Carinhoso”, em 1982.
Inesperadamente, em 1983, a trágica morte do ator Jardel Filho faz Manoel Carlos abandonar a novela que estava escrevendo “Sol De Verão”. Lauro César é chamado às pressas para escrever os 17 capítulos finais. Seu trabalho agrada à direção, que o convida a escrever:”Transas e Caretas”, em 1984. No ano seguinte, junto com Mário Prata, escreve “Um Sonho A Mais” Em 86, Lauro volta ao horário nobre e desenvolve, junto com Marcílio Moraes,”Roda de Fogo”. Depois, no ano seguinte, faz “Salvador da Pátria”, novela de grande sucesso.
Em 1990, ele, junto com Dias Gomes e Ferreira Gullar, assina “Araponga’, que perde na audiência para a novela “Pantanal”, da Rede Manchete, sucesso absoluto do horário. No mesmo período Lauro César escreve a peça “Luar em Preto e Branco”. Em 1992 supervisiona o texto de Carlos Lombardi, “Perigosas Peruas” e de Marcílio Moraes, “Sonho Meu”. Em 1996, supervisiona o texto de Solange Castro Neves, “Quem É Você?”. Depois escreve “Zazá”. E prossegue sua carreira, assinando duas minisséries:”Chiquinha Gonzaga”e “Aquarela do Brasil”, em 2000.
Depois de alguns anos, o autor volta à Record, com “Cidadão Brasileiro”. E mais tarde escreve para a emissora “Poder Paralelo” e “Máscaras”.
Embora tenha tido carreira discreta no cinema, Lauro César escreveu ou colaborou com várias produções de sucesso,como:”Independência ou Morte”, “Superfêmea”, “O Crime do Zé Bigorna”, “As Feras”. Ele é, sem dúvida, um dos autores de maior prestígio e renome na dramaturgia nacional, tanto do cinema, mas principalmente da televisão brasileira.
Lauro César Muniz é pai da atriz Fernanda Muniz, e pai de criação da também intérprete Marcela Muniz. É casado com a atriz Bárbara Bruno.
