João da Baiana, nascido em 1887 e falecido em 1974, tem como nome de registro João Machado Guedes. Ele nasceu na Rio de Janeiro e foi o primeiro a introduzir o pandeiro, no samba brasileiro. Instrumentista, cantor e passista, aos 10 anos já saía nos ranchos carnavalescos da cidade. Tinha samba nas veias. Foi também o primeiro ritmista, que se apresentou raspando a faca no prato.
João da Baiana aprendeu samba com sua mãe, Perciliana de Santo Amaro, uma das ” tias” baianas, imperadora dos músicos sambistas cariocas.
As primeiras composições de João da Baiana foram: ” Pelo Amor da Mulata”, de 1923; ” Mulher Cruel”, de 1924, que ele compôs, ao lado de Donga e Pixingujinha. No mesmo tempo, João entrou no rádio, tocando pandeiro e prato e faca. Esteve em diversas emissoras. Fez parte dos grupos: Velha Guarda e Diabos do Céu, em 1932.
Em 1940, foi escolhido por Villa-Lobos, para participar das gravações , que foram realizadas no navio Uruguai, sob a regência do famoso maestro Leopold Stokoviski.
Teve uma composição sua,o jongo:” Quê Que Rê Quê Quê”, escolhida entre 16 músicas selecionadas, para a edição americana da Columbia, intitulada: ” Native Brazilian Music”, que foi produzida com dois álbuns.
Em 1954, a Velha Guarda, revivida por Almirante, voltou a se apresentar e a gravar, até 1958.
Em 1968, já com 81 anos, João da Baiana gravou com Pixinguinha e Clementina de Jesus: ” Gente da Antiga”. Nesse disco, João da Baiana canta a chula raiada: ” Cabide de Molambo”, que foi composta em 1932 e o samba de roda: ” Batuque na Cozinha”.
Por tudo isso, João da Baiana é um nome muito celebrado pelos estudiosos das raízes da música nacional.