Geraldo Bretas nasceu em Anápolis/GO no dia 17 de maio de 1914. E cresceu em Uberaba, Minas Gerais. Mudou-se para São Paulo para trabalhar como ajudante de alfaiate e prosseguir os estudos. Começou a trabalhar na imprensa no fim da década de 1930, no jornal “O Esporte”. Em 1946 fundou o semanário “Mundo Esportivo”, jornal que circulou até 1956.
Começou a exercer a função de comentarista esportivo de rádio criando um estilo “durão”, fazendo pesadas críticas aos cartolas, árbitros e jogadores. E sempre pedindo a “moralização” do futebol. Isso o tornou popular. Criou um bordão famoso, “venceu, mas não convenceu”. Nas décadas de 1950 a 1970 participou de muitos episódios polêmicos. Geraldo Bretas “parava” São Paulo nos jogos decisivos. Em 1958 Bretas não deu crédito para a seleção. Quando voltaram, com a taça na mão, os atletas e dirigentes não economizaram impropérios para “saudar” o comentarista. Em 1973 apostou com Mirandinha, do São Paulo, que ele não marcaria contra o Palmeiras, na época imbatível. Perdeu e pagou a aposta: raspou a cabeleira ao vivo no programa “Clube dos Artistas”. O valor apostado foi doado. A foto que ilustra esta biografia é desse momento.
Sua carreira se desenvolveu principalmente na Rádio Tupi, TV Tupi e jornal Diário da Noite. Depois trabalhou também na Gazeta. Na tv era um dos elementos chaves da equipe esportiva comandada por Walter Abrahão, na Tupi. Sua performance o transformou no mais polêmico comentarista esportivo da história da TV brasileira. Ninguém, jamais, repetiu a sua façanha.
Geraldo Bretas faleceu em São Paulo no dia 06 de janeiro de 1981, aos 65 anos de idade. A cidade homenageou o jornalista dando seu nome a uma rua no Jardim São Luís, região de Santo Amaro.
Geraldo Bretas é o centro de uma passagem divertida no filme “O Corintiano” de 1966, onde Mazzaropi “briga” com seu rádio de pilha porque o locutor, Bretas, “falava mal do Corinthians”.
M.A.Z./ 05-09-2021
