José Carlos Aranha Manga nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 6 de janeiro de 1928.
Carlos Manga começou sua vida profissional como bancário, mas gostavamuito de cinema e tinha amigos, um deles, o ator Cyll Farney que o levou à Atlântida, grande companhia de cinema da época. Ali, Manga entrou como almoxarife, passando depois a contra-regra, assistente de montagem e diretor.
Fez uma bela carreira no Cinema nos anos 1950. Em 1951, passou a atuar como diretor musical da Atlântida. A companhia fazia sucesso com as chanchadas e foi nelas que Manga entrou. Em 1953, lançou “A Dupla do Barulho”, estrelada por Grande Otelo e Oscarito. Com ele trabalharam grandes nomes do nosso cinema naquela época como Watson Macedo, J.B. Tanko e José Carlos Burle.
Os filmes dirigidos por Carlos Manga foram aparecendo e conquistando o publico e a crítica especializada e muitos deles foram campeões de bilheteria: “Matar ou Correr”; “Nem Sansão, Nem Dalila”; “Colégio de Brotos”; “Vamos com Calma”; “Guerra ao Samba”; “O Golpe”; “De Vento em Popa”; “Papai Furacão”; “Garotas e Samba”; “É a Maior”; “O Homem do Sputnik”; “Esse Filho é Meu”; “Quanto Mais Samba Melhor”; “Pintando o Sete”; “O Palhaço o Que É?”; “Os Dois Ladrões”; “O Cupim”; “Cacareco Vem Aí”; “Entre Mulheres e Espiões”; “As Sete Evas”; “O Marginal”; “Assim era a Atlântida” e “Os Trapalhões e o Rei do Futebol”.
Manga era uma máquina de idéias, criatividade e trabalho. Foi também eventualmente ator. Em 1950 atuou em “Somos Dois”; em 1960, em “Aí Vem a Alegria”; e em 2003, em “Apolônio Brasil, Campeão da Alegria“.
Mas Manga percebeu que as chanchadas poderiam declinar e começou também em outra atividade que lhe dava paixão, a publicidade. E ainda voltou seus olhos para a Televisão, embora, na época, todos dissessem que essa era uma arte menor. Ele passou pelas TV Rio, Excelsior e Record, dirigindo musicais, programas de humor e de entrevistas. Entre outros ele dirigiu “Gira o Mundo Gira”; “Times Square”; “Jovem Guarda”; “Quem Tem Medo da Verdade” e “Na Onda da Augusta”.
Foi em 1980, que Chico Anysio o convidou para dirigir o “Chico City”, e Carlos Manga estreou na Rede Globo de Televisão. Na emissora carioca ele conquistou prestígio nacional dirigindo grandes minisséries como: “Agosto”; “Engraçadinha” e “Um Só Coração”, assim como a novela “Torre de Babel“. Foi também diretor de programas de auditório como o “Domingão do Faustão“, em 1989.
Em 2007, dirigiu a novela “Eterna Magia” e se tornou diretor artístico de minisséries da Globo. Em 2010, voltou ao papel de ator, no seriado “Afinal, O Que Querem as Mulheres?”, também da TV Globo.
Ele foi casado com a atriz Inalda de Carvalho, com quem teve três filhos, entre eles a cantora e atriz Paula Hunter, e também com a radialista e atriz Cidinha Campos.
Carlos Manga faleceu em 17 de setembro de 2015, aos 87 anos de idade, na cidade do Rio de Janeiro.