MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão

“Amaral Netto, o Repórter” foi o precursor do “Globo Repórter”



A idéia do programa surgiu na TV Tupi onde ele estreou em maio de 1968, mas logo ele foi para a TV Globo, onde o “Amaral Netto, o Repórter” ficou de 1969 a 1983, como um dos grandes campeões de audiência da emissora.

Apresentado pelo jornalista, repórter e deputado federal Fidélis do Santos Amaral Netto, ou simplesmente Amaral Netto, o programa explorava o território brasileiro, suas paisagens, seus costumes e tradições, um fato até então inédito na televisão brasileira, com uma equipe que viajava pelo Brasil e quase nunca era encontrada nos estúdios da emissora, já que as matérias vinham gravadas para a Globo via avião.

O único senão do programa é que Amaral Netto imprimia um tom muito ufanista, o que agradava os militares que estavam no poder, mas desagradava muito aqueles que entendiam de TV e sabiam da sua influencia na população. Na direção do programa estava um mexicano, Chucho Narvaez, que formou a primeira equipe de repórteres cinematográficos da televisão brasileira.

O programa começou a ser exibido nas noites de domingo, mas a partir de agosto de 1970 passou para os sábados, às 22h30. Sucesso de audiência, o Programa “Amaral Netto, o Repórter” marcou a história do telejornalismo nacional ao gravar as primeiras imagens a chegarem na nossa TV de Che Guevara ou ao cobrir o enterro do senador Robert Kennedy, em Washington.

“Amaral Netto, o Repórter” pode ser chamado de um precursor do “Globo Repórter” e foi também o primeiro programa semanal da emissora a ser exibido em cores, a partir de 1972.

Rodolfo Bonventti

Rodolfo Bonventti

 
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