Wálter Portella nasceu em Passo Fundo, interior do Rio Grande do Sul, em 3 de outubro de 1935.
Logo que chegou a São Paulo, Walter conseguiu emprego com José Mojica Marins, o Zé do Caixão, com o qual escreveu roteiros e ainda fez pontas nos filmes de terror do cineasta. Na década de 1970, atuou em filmes como “O Dia das Profissionais”, “Eu Faço… Elas Sentem”, “Fruto Proibido” e “Caçada Sangrenta”. Ele tem outros filmes no currículo. Mais recentemente esteve em “Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos”.
Mas é no teatro que Walter Portella teve sua marca maior. Trabalhou na histórica montagem de “Macunaima”, com direção de Antunes Filho. Esteve em “A Beata Maria do Egito”, “Dona Xepa”, “Nelson Rodrigues – Eterno Retorno”, “O Beijo no Asfalto”, “Cais ou da Indiferença das Embarcações”, “Valéria e os Pássaros”, entre outras montagens. Durante duas décadas foi o braço direito de Antunes Filho no CPT, o Centro de Pesquisa Teatral, no Sesc Consolação.
Foi também um grande diretor e ensaiador . Em 2011 dirigiu uma leitura de “Bodas de Sangue”, de Federico García Lorca.
O ator fez uma rara incursão pela Televisão, na TV Tupi, onde atuou na novela “Tchan, a Grande Sacada” de Marcos Rey em 1976/1977, com direção de Jardel Mello e Antonio Moura Mattos.
Se despediu protagonizando o curta “Aquela Rua Tão Triumpho”, com direção de Gabriel Carneiro, ao lado de Clery Cunha, Julio Calasso, Virgilio Roveda e outros grandes amigos do cinema paulista.
Walter Portella foi casado com a atriz Haydée Figueiredo e morreu em São Paulo em 25 de setembro de 2015, aos 79 anos de idade. Ele sofria de polineuropatia, doença degenerativa com sintomas semelhantes ao Mal de Parkinson. Nos últimos tempos, morava no Palacete dos Artistas, no centro de São Paulo.