MBRTV - Museu Brasileiro de Rádio e Televisão


TICO-TICO


José Carlos de Moraes nasceu em 24 de novembro de 1922, em Angatuba, interior de São Paulo. Filho de Cornélio Vieira de Moraes, o “seu Nê Pereira”, que faleceu muito cedo, aos 39 anos de idade e de dona Maria Zoraide, que ficou com 5 filhos, dos quais José Carlos era o mais velho.

O pai foi prefeito de Angatuba por duas vezes. Pertencia ao Partido Constitucionalista Brasileiro. A mãe era professora primária, muito querida na cidade. A família mudou-se para a capital de São Paulo e foi aí que José Carlos conseguiu seu primeiro emprego, já em jornal, pelas mãos de uma figura importante na política brasileira, que foi José de Freitas Nobre. Esse jornal foi a Agência Nacional. E aí ele foi também locutor de rádio. Seu sotaque “caipira” foi um primeiro entrave, mas Tico-Tico, já então com o codinome, conseguiu superá-lo.

Quanto aos estudos entrou na Faculdade de Direito São Francisco, onde também começou a participar da Caravana Artística de 11 de agosto, como cantor de “emboladas”, que era moda na época. Muito agitado, curioso, vivo, Tico-Tico enveredou por vários jornais e emissoras de rádio, onde logo se adaptou. Esteve na Rádio Educadora Paulista, Rádio São Paulo, Rádio Panamericana, Rádio Record, Rádio Bandeirantes, Rádio Tupi Difusora. Em jornais também passou por muitos e foi se tornando o mais “furão” dos repórteres. Era capaz de tudo.

E foi assim que começou a fazer sensacionais reportagens políticas, como entrevistas de campanhas eleitorais, posses de governadores e presidentes, nacionais e internacionais. Tico-Tico entrevistou todos os Papas de sua época, assim como personalidades máximas, políticos do mundo inteiro. Foi capaz de colocar-se no paralama do carro de presidente americano Eisenhawer, para entrevistá-lo. Também entrevistou Che Guevara, Fidel Castro, Kennedy, e vários outros. Esteve na União Soviética, ainda durante a Guerra Fria. Passou para a televisão com todo o sucesso. Foi o primeiro a adaptar um pequeno teipe, para gravações inéditas, pois antes dele era necessário filmar, revelar, transportar, para depois lançar ao ar uma reportagem. Tico-Tico agilizou ao máximo esse trabalho. Ao lado de Mauricio Loureiro Gama, iniciou com sucesso, jornais vespertinos para a televisão. Fez, por vários anos, o jornal Edição Extra, na TV Tupi de São Paulo.

Se fossem somadas suas horas de vôo, Tico-Tico teria realizado 13 voltas ao mundo, completas. E isso sem contar as viagens de carro, ônibus, trem e navio. Tico-Tico fez 54 anos de reportagens. E sem falar outra lingüa, que não o português, foi sempre um destemido repórter dos meios de comunicação. Nada o deteve nunca. Foi casado com dona Cidinha por mais de 50 anos, tiveram 2 filhos e 5 netos.Sempre ágil e loquaz, Tico-Tico foi um típico brasileiro, com sua inteligência, vivacidade e amor pelo que fez.

José Carlos de Moraes, o Tico-Tico,é falecido.

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