Ele é chamado: “ Gogó de Ouro do Brasil”.É cantor e compositor. É radialista.
Sua vida:
Nascido no sertão pernambucano, Carlos Ramiro desde pequeno conviveu com os problemas da seca do nordeste. Mas, na época da 2ª Guerra Mundial, o pai migrou para São Paulo. O garoto, porém, ficou, para morar com os avós, no Engenho Peruri. Em 1947, o pai mudou-se para o Rio de Janeiro, para trabalhar como pedreiro, na construção do estádio do Maracanã.
Em 1949, o pai mudou-se para Petrópolis e chamou o filho. Este, já maiorzinho, quando veio, foi trabalhar de vendedor de flores nas ruas. Estudou no Colégio D. Pedro. Depois foi comerciário na Casa Clara. E já gostava de cantar. Conheceu o programa: “ Clube da Criança”, através do dono da Casa Clara, e se apresentou em programas infantis.
Foi, em seguida, trabalhar na casa de um general do Exército Brasileiro. E quando o garoto fez um favor a este, o general deu-lhe um gorgeta, que o menino recusou, dizendo: “ Obrigado. Eu ganho só do trabalho que eu faço. Foi só um favor. Não precisa”. O general ficou admirado e gostou do menino.Carlos Ramires ficou morando em sua casa até os 16 anos de idade.
Aí entrou na Força Aérea brasileira, à qual serviu , até ir para a reserva como Oficial Superior, em 1985.
Na caserna estudou box, ficou boxeador e conquistou títulos. Pertenceu ao Clube de Regatas Flamengo e chegou a campeão brasileiro de box e vice-campeão sul-americano, representando a FAB.
Apresentava-se como o personagem Bat Materson, famoso seriado da TV, de 1960. Também recebeu o título de “ Cidadão do Estado do Rio”, por serviços que prestava às crianças.
Mas ele continuava a gostar de cantar. Foi em 1955, que se ofereceu para a Rádio Metropolitana, como seu programa: “ O Disco, o Prato e o Cantor’. Procurava valores novos. Depois esse mesmo programa ele o levou á Rádio Mauá e à Mayrink Veiga. Foi repórter de Saulo Gomes, na mesma emissora. Depois passou a apresentar, sempre ainda na Mayrink, o programa: “Crepúsculo Sertanejo”.
Por ser militar, e temendo represálias, em 1964, época da Revolução, Carlos Ramiro se afastou do rádio. Mas, em 1965, montou a caravana artística: “Ritmos do Brasil”, que eram shows beneficentes, dos quais participavam : o Trio Esperança, Golden Boys, Sérgio Murilo e até Roberto Carlos, em início de carreira.
Depois Carlos Ramiro transferiu-se para a Rádio Nacional, com o programa: “O Disco, o Prato e o Cantor”. Mas teve problemas com a censura e se afastou.. Ele morava em Nilópolis e foi lá que reencontrou o amigo Euclides Duarte e resolveu voltar ao rádio. A partir de 1969, passou, porém, a se dedicar ao ramo de comentarista esportivo. Trabalhou na Rádio Rio de Janeiro. Em 1976, foi convidado por César Rizo e passou para a Rádio América. Foi ele o primeiro a transmitir a Copa Latina de Remo.
Publicidade:
Em toda a sua carreira, sempre achou tempo para criar slogans e participar de campanhas publicitárias. Criou o lema: “ Motorista, quando vir uma bola, PARE, pois atrás dela pode vir uma criança”. E outra: “ Com o pé na bola e um livro na mão,e o Brasil no coração, vamos criar uma grande nação”.
Em 2005, foi para a Rádio Carioca, para apresentar o programa: “ Revista Semanal Civilis”. Atuava também na Rádio Popular AM, com o programa: “ Alô Rio. Boa Tarde, Brasil”.
Ao todo, Carlos Ramiro ficou 60 anos no rádio do país.